domingo, 30 de maio de 2021

Campanha "Mão na Roda"

 Campanha Mão na Roda

Ajudem-me a trocar as baterias da minha cadeira de rodas motorizada. 

Doações pelo pix. Chave: edelua.artes@gmail.com 

Qualquer quantia é bem vinda e você vai receber o pdf da segunda edição do livro: “Porta Encostada Entre a Resiliência e Obsessão!    

Tenho minha cadeira motorizada, a Mothor (como carinhosamente a chamo), desde de agosto de 2018! Desde que chegou em minha vida, a Mothor tem me propiciado grandes momentos e maravilhosas conquistas, tanto a nível pessoal (os passeios em família se tornaram mais freqüentes devido a autonomia de locomoção e a possibilidade de ter uma das mãos livres, que, além de permitir tomar conta dos meus filhos, junto com a minha esposa, Lua; também revolucionou minha maneira de transportar objetos, o que facilita muitas tarefas diárias básicas como alimentação e limpeza da casa, bem como cuidar do nosso jardim e brincar com as crianças!

Graças à Mothor, obtive autonomia para ir ao mercado e à praça da minha cidade, Embu das Artes, onde ocorre regularmente a mais famosa feira de artes do Brasil, meu local de trabalho, onde vendo meus livros - oferecendo um pouco de poesia de mesa em mesa, pelos bares da cidade! 

Deste trabalho tiro o sustento da família e a Mothor me presenteou com conforto, segurança agilidade para ir de um bar a outro e me garantiu acesso à locais mais  remotos da cidade, onde nunca conseguiria chegar numa cadeira manual! 

Depois de um ano meio, mais ou menos, a bateria começou a apresentar problemas de descarga muito rápida, na época tínhamos acabado de fazer alguns investimentos na educação do Renatinho (nosso filho mais velho) e não tínhamos condições de trocá-las imediatamente. 

Logo depois, começou o lockdown de março 2020, fiquei seis meses isolado sem poder trabalhar devido ao fechamento da feira de artes, conforme as medidas de contenção da pandemia - desde então o rendimento financeiro despencou em todo o mercado cultural em função da recessão econômica oriunda do cenário caótico pelo qual todos estavam passando. 

A feira voltou a funcionar com as devidas restrições somente em agosto de 2020, com novo período de lockdown em de fevereiro a abril desse ano... Enfim, a batalha para pagar as dívidas acumuladas e as contas mensais ainda tem tomado a maior parte de nossos ganhos, as vendas ainda estão muito abaixo da média, o pouco que sobra e insuficiente para compramos as baterias que pararam de vez de funcionar no começo de maio, forçando-me a trabalhar com a, novamente com cadeira manual que também precisa de reparos e adaptações específicas para minha deficiência.

Para poder trocar as baterias da Mothor, o valor de que preciso é de R$ 1350! No entanto, essa bateria é básica. Para comprar a melhor bateria do mercado, eu precisaria 1600 pelo mercado livre, assim, calculando a média de valor chegaríamos a 1700. Além das baterias, a cadeira também está precisando de pneus novos que custam 190 cada na loja onde faço a manutenção. 

Pretendo fazer só os traseiros.  Assim 2100, mais uns 100 de mão de obra do técnico aos R$ 2200. 

Claro, é muito provável que eu consiga as peças por valores mais baixos, nesse caso, o valor excedente será usado para outras peças que podem estar precisando de manutenção - caso do braço direito, que fica saindo porque os parafusos se quebraram devido a força dos espasmos que tenho regularmente. O joystick também sofreu avarias ocasionadas por alguns acidentes e o cabo está sempre quebrando, acredito que  por causa da pressão exercida pelas cordas que seguram minha mochila de  livros durante o expediente da feira, podem haver outras coisas a serem reparadas também. O Carregador das baterias também pode ser um problema...  E, nesse caso, terei de comprar um carregador que custa 1500, então, deixaria de fazer as manutenções menores, compraria a bateria básica e o carregador. A meta para um manutenção completa seria algo em torno de R$ 5.000.  

Noutro caso, não havendo tantas manutenções, pretendo investir na publicação  da segunda edição do meu quarto livro ”Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão”. Essa segunda edição passou por um processo de reconstrução estilística, uma “re-tecelagem” metafórica que mergulhou o livro, original de 2014, no suprassumo poético da minha carreira! E ainda conta com novas ilustrações da Lua e alguns textos inéditos! É um livro imperdível sobre o amor!!! Está praticamente finalizado, na gaveta há um ano por falta de verba para edição fina e impressão dos exemplares. Por isso, peço, me ajudem a publicar esse sonho! Preciso de pouco dinheiro com apenas 2000 a mais do valor para a manutenção da cadeira já faço uma boa tiragem inicial. 

Outros objetivos são a reimpressão da minha 6ª obra, “Classificados Ilustrados” que precisa de aproximadamente R$ 1800 e a publicação de uma obra inédita que precisa de aproximadamente R$ 3000 para todo o processo de revisão, edição, ilustração e impressão!

Já tenho muito a agradecer aes querides António Marcos, Bruna Martins Cruz, Márcia Gibin  Monalisa Souza, Vanessa Tamborra e a galera da Molas Bar! Que o universo vibre em prosperidade triplicada para todos!!!

sábado, 5 de dezembro de 2020

Reflexões Literárias #05 - Considerações sobre a Profundidade parte 1

Olá, gente! Eis que depois de uns anos afastado, retorno para onde pulsa meu coração. Transmitir o conhecimento artístico e a ideia de que qualquer pessoa pode serr um artista da  palavra, essa é uma das minhas missões de vida.

Retomando no texto anterior, "Considerações sobre a Intensidade", vimos que a referida Partícula Rudimentar funciona de maneira a colocar o leitor numa atmosfera, numa tensão que facilita ou difuculta o acesso emocional ao texto.

No presente artigo, abordaremos a partícula rudimentar que, se bem trabalhada, pode converter pessoas de qualquer idade, credo, raça ou condição social em fascinantes escritores, poetas, compositores e afins; pois, como veremos no decorrer desta discussão, é o equilíbrio deste com os outros aspectos fundamentais, principalmente em relação à intensidade, que confere ao texto a tão estimada atemporalidade literária, porque garante um ar inesquecível ao labor da palavra. Falo, é claro, da Profundidade.  

Um ponto primordial ao trabalho ao qual nos debruçaremos a partir de agora é a noção de que as artes em geral, principalmente aquelas que não dependem necessariamente de materiais externos ao artista, como literatura, dança e teatro,  não são em si nada elitistas em sua produção enquanto objeto simbólico das muitas realidades que permeiam a condição humana.

O que quero dizer com isso é: fazer arte enquanto uma investigação pessoal que leva a uma interpretação de mundo, sobretudo nas três possibilidades listadas acima, não é caro porque não se precisa de nada além do que o próprio corpo, tempo para praticar, boa memória e, talvez, um papel e qualquer coisa que cumpra função de lápis para escrever. A arte se torna economicamente inacessível enquanto produto capital porque os bons veículos de propagação da arte são caros. Por exemplo, tecer bons textos poéticos vai demandar apenas tempo e, se houver condição, um pacote de sulfite e uma ou duas canetas; porém, para publicar uma quantidade razoável de livros numa boa editora, são necessários, no mínimo, alguns mil reais, no caso de uma publicação comprada, ou dedicação total à divulgação do trabalho para, quem sabe, alcançar e cativar algum interesse de algum possível patrocinador.

O que isso tem a ver com o tema da profundidade literária? Bom, há três pontos.

O primeiro é que graças ao processo de edição ser tão caro, muitos fascinantes artistas da palavra são desconhecidos ou conhecidos apenas nas suas localidades e, com essa exclusão, acabam não sendo muito estudados e, mesmo aqueles que conseguem uma visibilidade dentro e fora do país, não são incluídos nas grades curriculares dos ciclos educacionais públicos. Por isso, perpetuamos nomes mortos e prosseguimos propagando paradigmas literários muito bons, mas, muito antigos. Isso afeta de maneira crucial a nossa discussão sobre a profundidade, uma vez que as frases consideradas profundas o bastante para guardarmos em memória, em sua vasta maioria, são as frases mais profundas de grandes autores que gozam de ampla disseminação cultural e que, de alguma maneira, caíram na graça popular e, por esse motivo, tornaram-se clássicos da literatura. Claro, não estou desmerecendo o trabalho destas pessoas, a maioria grandes gênios da literatura que, em geral, obtiveram o sucesso que obtiveram pela indubitável qualidade de sua obra que, certamente, continuarei a emprestar para exemplificar minhas teorias; apenas quero inferir que estes autores já popularmente consagrados não são os únicos que escrevem bem, nem são os melhores, são apenas os expoentes mais famosos que, apesar de clássicos, não representam mais a integridade da literatura contemporânea em sua diversidade.

Ainda nesse ponto, é necessário analisar que graças a leis de incentivo cultural, selos editorias de grupos independentes, editoras de pequeno porte, impressão sob demanda, concursos literários e financiamentos coletivos, a publicação de um livro nas últimas décadas se tornou um sonho mais palpável. O resultado é uma grande explosão de nomes que estão conseguindo consumar publicação de uma obra, assim, ganhando o mercado literário e alterando a balança qualitativa da arte, pois, como em qualquer mercado, o mais vendido é o que tem mais visibilidade, mas, nem sempre representa o melhor da literatura; uma vez que muitos destes artistas, em sua maior parte jovens, ainda não têm uma boa base de críticos (essenciais para a evolução do trabalho) ou mesmo estudos mais aprofundados sobre o fazer literário artístico, acabam por lançar-se em obras rasas, com seu estilo ainda indefinido ou em lapidação, e, em minha opinião atual (visto que eu mesmo cometi esse “erro” em minhas primeiras experiências de publicação), colaborando para que o paradigma de artista da palavra continue à margem da profissionalização.

Claro, em muitos casos, acontece de o primeiro livro publicado converter-se em estopim para a evolução literária, por isso uma primeira publicação é tão importante e não pode ser desprezada. Alguns, porém, rejeitam a ideia de mudar de estilo ou aprimorar o que praticam, é verdade; entretanto, também existem aqueles que, apesar da publicação, não sabem que podem melhorar ou não sabem onde podem conseguir ajuda, porque frequentemente convivem e partilham experiências apenas com pessoas geograficamente próximas e/ou que cultivem os mesmos estilos literários e acabam restringindo-se a um único viés literário.          

E aqui, finalmente, adentramos no segundo ponto dessa discussão preliminar. Embora a arte literária em si não seja nada elitista em sua prática, o conhecimento teórico sobre escrita criativa ainda pertence a poucos. As razões para isso passam por muitos campos, desde desinteresse dos artistas em partilhar o que sabem, se mesclando nesse ponto com a baixa tolerância a críticas por parte da maioria dos artistas da palavra, não só os iniciantes. Claro, há o pouco interesse governamental em formar novos escritores, não incentivando ou criando espaços para debates literários ou cursos livres de escrita criativa e, também, a recorrente questão da leitura não ser cultural no país em que vivemos.

Com tantas barreiras, há pouquíssima gente interessada em construir um pensamento literário que seja diferente daquele que normalmente é debatido nos recônditos círculos acadêmicos e termina por ilustrar livros didáticos que, em sua maioria, trabalham traçando a literatura a partir de um recorte histórico, sob a óptica comum das escolas literárias. Por abordarem a arte da palavra dessa maneira, tem-se que estabelecer marcos importantes, como início e termino dos movimentos, e selecionar (e essa seleção segue um padrão burguês europeu) nomes expoentes para exemplificá-los; então, prioriza-se o estudo de características comuns em obras que compõem determinado período histórico, geralmente, não deixando tempo hábil para um estudo sobre o que diferencia os autores da época. Por essa razão, enfatizam a análise, pautada sempre sobre a utilização técnica das figuras de linguagem, de textos já escritos, sem preocupar-se, de maneira geral, em definir qual efeito essas ferramentas exercessem sobre o receptor do texto. Muito raramente foca-se na produção textual artística, o que daria oportunidade para que os estudantes experimentem o uso desses instrumentos e, mesmo quando o fazem, sugerem que haja uma correção normativa (certo ou errado) do material produzido o que dificulta a expressão da criatividade.

Entretanto, nas últimas décadas, graças aos movimentos literários e musicais periféricos tais, como o RAP, o Funk, a Poesia Periférica, Marginal e Maloqueirista, os diversos saraus e slams, despertaram positivamente o interesse de muitas pessoas de varias faixas etárias e outras tantas diversidades pela leitura e, principalmente, pela escrita que se tornou uma fonte de renda alternativa para muitas pessoas;  cumprindo, assim, com seu importantíssimo papel sócio-cultural. O problema desses movimentos, em minha opinião pessoal, é que, em alguns aspectos, algumas pessoas que permeiam estes estilos se fixam muito a um determinado pensamento, normalmente político ou cultural, que norteia o fazer artístico. Essa característica sócio-cultural dos movimentos literários periféricos, quando levada a ferro e fogo, de certa maneira, enrijece o corpo léxico (palavras usadas nos textos) e, consequentemente, endurece o campo ideológico, limitando o leque de recursos possíveis e, portanto, repetindo muitas vezes a mesma profundidade. Dentro destes ciclos (falo com certo conhecimento de causa, visto que já frequentei muitos destes espaços de saraus), é um tanto quanto incomum alguém apresentar um pensamento novo ou uma profundidade que vá além das dimensões sociais, muito por causa da identidade cultural construída coletivamente que transmite a noção humanamente indispensável de pertencimento a um grupo, sim; mas a escassez de acesso a exemplos não acadêmicos (no sentido escolar) e/ou aversão inicial por outros métodos, temas, abordagens e estilos ainda dificulta muito o desenvolvimento literário de muitas pessoas. E com isso não quero de maneira nenhuma dizer que a produção literária periférica não é suficiente, muito pelo contrário, acredito que haja campos inesgotráveis para a expansão do potencial artistico, que muitas vezes, acabam atranvancados por um certo dogmatismo temático, lexical ou de qualquer outro gênero.    

O terceiro e último ponto a ser previamente discutido é a importância da profundidade. Como já dito no início, a profundidade é o divisor de águas no labor da escrita artística, pois, cumpre o papel de imortalizar o texto e, consequentemente, seu autor e, mesmo que não garanta diretamente o sucesso financeiro, é esta partícula rudimentar que faz com que, realmente, os textos sejam mais facilmente transmitidos de um leitor a outro, porque é dentro dela que reside a força da mensagem artística, a capacidade de trazer ao consciente coisas que estavam no inconsciente e causar identificação entre o receptor que mergulhou no texto e a mensagem que lá ele encontrou, bem como, também passas pelos meandros da profundidade uma outra capacidade, crucial para as épocas politicamente difíceis, a criação de mensagens subliminares que passem por possíveis censuras e possam ser compreendidas e reinterpretadas e re-significadas por alguma parte da população. Claro, para que tudo isso possa ser efetivar em um texto, há diferentes técnicas que precisam ser adquiridas, mas o fundamento continua pautado sobre o equilíbrio.

Mais adiante, nos debruçaremos sobre o conceito e veremos as possibilidades técnicas que permeiam o bom uso da profundidade, por ora, porém, é interessante notar que a profundidade em si possui um equilíbrio, um meio termo, que, internamente, não tem ligação direta com os outros aspectos primordiais, mas que, mesmo assim, é de suma importância para uma boa construção textual. O equilíbrio entre a mensagem e forma como ela é expressa. Assim sendo, considerando que a mensagem seja o conteúdo que se deseja transmitir, temos, num esquema primário, quatro possíveis combinações iniciais, são elas: mensagem profunda e expressão profunda; mensagem profunda e expressão rasa; mensagem rasa e expressão profunda; mensagem e expressão rasas. Claro que há muitos meandros nessa possível divisão.  
Daqui para frente, vou tentar clarear as coisas o máximo quanto possível para mim.

É certo que cada autor, mesmo em se tratando de literatura artística, vai tender a trabalhar os temas pelos quais em mais interesse, portanto mais aptidão, geralmente, contemplando o assunto do ponto de vista da sua formação pessoal, cultural e acadêmica; bem como o receptor de uma mensagem a interpreta de acordo com as suas bagagens. Então é correto afirmar que todo texto concebido enquanto arte terá sua profundidade para seu autor, pois, assim como qualquer expressão artística, registra um sentimento ou encerra um pensamento, e terá profundidades variáveis a cada receptor.  

Então, o que é esta profundidade e afinal como trabalha-la?

Conceituar a profundidade literária tem sido um desafio de todos os filósofos e literatos desde a "Poética" de Aristóteles, então a discussão remonta mais de dois mil e quinhentos anos, quando o dito autor classificou as criações literárias escritas em verso, ou seja, discurso que permite retorno, não precisando transmitir uma ideia retilínea (pensamento lógico de causa e efeito), escrito e pronunciado com base em formas rítmicas estruturadas, que eram, àquela época. naquele lugar, hoje Grécia, usadas principalmente para compor os textos interpretados em espetáculos teatrais que na verdade, ao que tudo indica, eram mais similares ao que hoje entendemos por musicais ou operas.

O interessante é que o filósofo ordenou os gêneros, prestem atenção, os gêneros da literatura artística de sua época numa escala nivelada pelo quê se propõe a contar e pela potencial catarse que seria causada a quem ouvisse ou lesse as diferentes composições, claro, partindo do ponto de vista de suas observações e considerações. Nesta escala, ele coloca que as epopeias - gênero poético extenso que se propõe a narrar a história de um povo, focando em um herói, e equivaleria ao que hoje se concebe como romance ou novela social. exemplos: Ilíada e Odisseia de Homero e já fora do contexto e da forma originais, Os Lusíadas de Luis de Camões e, dentro da modernidade, Morte e Vida Severina de João Cabral de Mello Neto - e as tragédias - gênero de extensão média ou longa que se caracteriza por narrar fatalidades que acontecem na vida da personagem protagonista em decorrência de escolhas efetuadas no sentido de evitar uma previsão negativa que acaba por acontecer em função das decisões tomadas, exemplo: Édipo Rei de Sófocles e, aqui podemos incluir Romeu e Julieta de Wlliam Shakespeare, e, se me permitirem a ousadia de considerá-la um bom ícone de tragédias modernas, A Hora da Estrela de Clarice Lispector - são gêneros de alta qualidade porque conseguem causar o choque que desencadeia reflexões sobre variados aspectos vida, tanto numa dimensão social, quanto na dimensão humana.

Em contraposição à estima do autor pelos estilos acima citados, há o seu desgosto, antipatia e falta de interesse pela poesia lírica e outras composições mais livres que em geral eram acompnhadas por melodias e trabalham sobre a intensidade pessoal a cerca de sentimentos humanos, como, por exemplo, a dor de um amor que não pode ser vivido, tema clássico que desde Safo - um poeta grego - é pauta para grandes trabalhos literários. Com o tempo, a simplicidade e delícia de poder expressar as próprias emoções foi se fazendo popular na poesia.

Mas o que realmente nos interessa dessa exumação histórica é, justamente, notar que desde a primeira teoria sobre arte poética ocidental, montamos uma divisão que coloca como fator  qualitativo a possibilidade de ler a obra literária através de diversos ângulos, e, também, tendemos a não nos satisfazer apenas com a intensidade da expressão, já que, mesmo tendo ganhado popularidade pela facilidade de causar empatia, os poetas líricos, vem, gradualmente, através de muita lapidação ao longo dos últimos 6 ou 7 séculos, acrescendo ao gênero maneiras de atingir a profundidade catártica. E se pensarmos na enorme pluralidade de estilos da literatura contemporânea, principalmente em se tratando de poesia e composição musical, perceberemos o êxito do labor lírico precisamente naqueles que, de alguma forma conseguem ir além da pura expressão de suas paixões, criando uma atmosfera propícia a transcendência da mensagem. Claro, há quem se destaque pelo primor do trabalho sobre a intensidade, frequentemente isso acontece na área da composição musical, posto que hoje em dia a música vem sendo comumente encarada como entretenimento, enquanto que a poesia, apesar da gigantesca desvalorização e degradação social da imagem do poeta, ainda resguarda um tom de gravidade, muito em função do distanciamento que tolhe um contato verdadeiro entre massas populares e a poética escrita ou recitada.


A evolução da poesia lírica, bem como a transformação das epopeias em prosa artística, no decorrer da história, cria novas possibilidades de trabalho sobre profundidade literária, sem modificar sua essência. E qual, afinal, é essa essência?

A profundidade é, na minha visão, a partícula rudimentar que se ocupa da importância da mensagem transmitida pela presença constituída, dos possíveis desdobramentos e releituras a que se pode chegar a partir da mensagem inicial, bem como, as reflexões que essa mensagem e suas potenciais interpretações despertarão no receptor. Ou, simplificando, é aquilo no que ficamos pensando enquanto estamos envolvidos pela intensidade do texto e as ideias que são extraídas a partir da repulsa ou da empatia que geramos para com esse pensamento. Por isso há a necessidade de as duas intensidade e profundidade estarem em equilíbrio. Não é uma regra absoluta, mas, quase sempre, há uma relação inversamente proporcional entre as duas, ou seja, quanto mais intenso um texto, menos profundo ele será e vice-versa.

Essa oposição normalmente acontece porque a intensidade é habitualmente operada pela expressão emocional, enquanto que a profundidade é comumente concebida como fruto de uma atividade inteiramente racional. Essa perspectiva, em minha visão, chega, em muitos casos, à inversão da potência poética, pois, tende a ignorar a arte enquanto veículo de expressão do inconsciente tanto individual quanto coletivo e limita o papel do artista aos arredores da filosofia.

O que quero dizer com isso é que profundidade, em qualquer arte, não precisa necessariamente ser estruturada a partir do pavimento de um raciocínio lógico e que, alias, quando nos forçamos a seguir uma corrente acabamos, muitas vezes, por reproduzir em arte a consagração dos mesmos pensamentos que já povoam a mente da maioria pessoas e, ao fazer isso, estamos nos privando de passar mensagens e percepções que causariam mais impacto, mesmo dentro da esfera social. Entretanto, é preciso salientar, não estou dizendo que artista não deve pensar, pesquisar e  expor esses pensamentos ou se valer de suas referências filosóficas, artísticas, históricas, pessoais e etc., tudo isso constitui a RIQUEZA ou a COMPLEXIDADE de uma obra de arte, mas não é, necessariamente, a melhor base para compor a profundidade de um labor artístico.

Ainda falando da inversão, ao mecanizarmos a profundidade ao âmbito racional e expressarmos a intensidade através da pulsão emocional, estamos operando a lógica sobre a sensibilidade humana e dando livre vazão ao fluxo de sensações que pode ser mais facilmente dirigido pela razão, uma vez que as sensações causadas na intensidade, sim, são conscientes, tanto no sentido de que são mais analisáveis e até mais estudadas, quanto no sentido de serem  mais claras e perceptíveis, portanto, mais maleáveis e passíveis de modelagem.

A profundidade está mais ligada à maneira de ler, interpretar e ressignificar os acontecimentos que ocorrem conosco ou ao nosso redor através de imagens, símbolos, arquétipos, desconstrução e reconstrução de paradigmas e, para além disso, em resumo de tudo que já foi dito, a profundidade é a postura que tomamos em arte e a sabedoria que dela pode ser extraída acerca do tema do qual tratarmos em determinada obra de arte. Assim sendo, quase que invariavelmente para se atingir uma profundidade mais abrangente, temos, enquanto artistas, de arquitetar analogias que exerçam a função de abrir a mente daqueles que nos leem através de nossas obras à possíveis leituras. E, para isso, em geral, se faz  necessário que acessemos e sondemos o nosso inconsciente a fim de captar matéria-prima (as imagens, os arquétipos, os paradigmas e os símbolos) para que, então, possamos lapida-la numa atividade criativa que, naturalmente, integra os aspectos mental e emocional.

Por trazermos nossa matéria-prima primordialmente do terreno do inconsciente, não é raro que não entendamos completamente a totalidade de alguns trabalhos, pois a consciência pode não enveredar pelos caminhos simbólicos usados pelo inconsciente ou não abarcar em si a profundidade de significado das imagens evocadas, ou, ainda, por trabalharmos sobre as emoções e sobre o sistema de crenças dos receptores, pode haver variadas interpretações da mensagem transmitida, por mais bem elaborada que sua intenção esteja para nós. E isso não necessariamente é ruim; se pensarmos que o labor artístico tem como um de seus pilares a comunicação a nível subconsciente, então, é ótimo que pessoas diferentes consigam extrair diversas possibilidades de uma mesma obra, e até a mesma pessoa ter percepções diferentes dependendo de inúmeros fatores, como, por exemplo, experiência de vida, momento do dia, estado de humor, o ambiente. Essa variação de leitura pode acontecer inclusive com o próprio autor da obra, que pode descobrir meandros inesperados ao reler obras passadas  em outro período de vida, ao adquirir outra lógica, ou mesmo a partir de um comentário de outras pessoas que lhe fornecem novas perspectivas, às vezes, revelando camadas muito mais profundas do que a intenção inicial do artista. A ocorrência de qualquer um desses eventos é um precioso indicativo de que a obra atingiu um grau elevado de profundidade.

Entretanto, não é só do inconsciente que provém a profundidade, podendo ser também, fruto do esmero artístico na lapidação da obra, do equilíbrio entre as outras partículas rudimentares (e aqui  é preciso salientar que graus exacerbados de intensidade, riqueza, complexidade, ou transparência, em alguns casos, podem, além de não contribuir para a profundidade, mascarar a mensagem), ou mesmo de uma percepção racional diversa da habitual a cerca de determinado assunto, situação, e mesmo sobre o cotidiano; ou, ainda, momento de elucubração espontânea sobre quaisquer fatos, vulgo inspiração.

Com a evolução literária traçada ao longo dos últimos séculos, sobretudo em se tratando de poética, a profundidade passou a ser percebida e trabalhada de diversas formas. Por ora, consigo classificar e discutir claramente três destas formas, mas, lembrando, não estou determinando que hajam apenas três, pois, creio que vislumbro ainda muito longinquamente a ponta de um iceberg que exigirá um estudo colossal para ser completamente analisado. Acredito, por exemplo, que essas três formas de trabalho sobre profundidade são como os filos que dividem, na biologia, uma vasta gana de seres vivos que contém em si semelhanças básicas entre si e, que quanto mais detalhadamente o grupo inicial for analisado, mais criteriosa tem de ser a ramificação posterior em classes, ordens, gêneros, famílias e espécies, para que se faça um estudo focado nas características de um determinado componente do grupo inicial. Claro, neste texto, pretendo dizer-lhes as três formas que já identifiquei, pontuando-lhes as diferenças e demonstrando seus mecanismos de ação através de exemplos práticos de análise textual e, depois, exercícios de criação.          
  
 As três formas da profundidade que já identifiquei são: a profundidade por desdobramento de sentido, a profundidade por ressignificação do cotidiano (que abarca a profundidade por ruptura com o padrão) e a profundidade por tradução de sentimento. Essas modalidades podem operar individualmente ou em todas as variações de conjunto, podendo haver obras que condensem  em si todos esses tipos de labor. Para entendermos cada um desses trabalhos, é necessário que compreendamos como funciona a visão de profundidade da pessoa que consegue usar tal maneira de pensar e contextualizar o mundo. Abaixo  textos específicos sobre cada tratamento de profundidade.



Falaremos em textos poesteriores sobre as modalidades da profundidade.

Por ora, fica o exercício: observar a natureza ao seu redor e escrever um texto ligando a natureza a um sentrimento!


sexta-feira, 29 de junho de 2018

Luz de Prata - Novo Livro

Olá, gente! 
É com grande felicidade que anunciamos O INÍCIO DAS PRÉ-VENDAS DO NOSSO NOVO LIVRO, LUZ DE PRATA!

Essa obra, a quinta da minha carreira poética e a segunda ilustrada pela Lua , é composta de 101 poesias, escritas ao longo dos últimos cinco anos. 

Luz de Prata é uma viagem pelas curvas e nuances da nossa história de amor - acompanhando as fases da lua, o livro trará à tona desde a solidão reservada da Lua Negra, filosófica e espiritual, perpassando o encontro mágico da mais estasiante paixão da Lua Crescente, com todos os mistérios, até chegar na plenitude erótica da consumação consagrada da Lua Cheia que concebe o corpo físico da soma dos amores e, na Lua da Sabedoria, a relação míngua e evidencia o contato atritante das sombras, despertando o amor que se permite, apesar da dor, se despir, morrer e renascer pra mais um ciclo, trazendo do inconsciente renovadas.  

O projeto que permeia nossos sonhos artísticos desde 2014, será lançado em breve, aqui no Brasil e em Portugal,  pela Chiado, uma das maiores editoras portuguesas, o que é de fasto, uma realização em nossas vidas profissionais. O livro terá projeto gráfico assinado por Renato Gonda e, abaixo, você pode conferir um documentário curta-metragem produzido por Dennis Agostinho. Deixo expressa minha gratidão a estes queridos amigos!







E só para dar água na boca, deixo abaixo alguns trechos do livro:



" Sou a sombra do canto escuro
Que, ao te dar à luz, 
te deu também a vontade de voltar,
E penetrar na passarela dos meus mistérios,
Mistos sérios, místico, é certo,
Só pra ver chegar, ao teu corpo e espírito
A luz de renascer do orgasmo."

"Cantar-te-ei oráculo e profecia
Da paixão que por mim se insinua
E me concede a instintiva luz que cria
A alegria que ao passar do inverno perdura!"



"Você é a cena.
Sobre a qual me debruço
E lanço sentidos investigativos,
Fazendo um minucioso estudo
Pra penetrar em tua intimidade
E interpretar-me com a real profundidade
Que exige a tua mensagem!" 


"E vós nutris a mim poucas esperanças

De parcas alegrias opacas

E, quem sabe, esparsas conquistas
Ou milagres de uma fé que não tenho "


O livro estará à venda nas principais livrarias do Brasil, mas se você deseja garantir um exemplar autografado e com desconto de pré-venda, deixe mensagem no in box da página da EdLua.Artes no facebook (clique para visualizar a página), ou entre diretamente em contato com o autor:  

O valor da pré-venda é de apenas R$ 32,00 + frete (a ser pago somente quando o livro estiver pronto)! 

Se você adquirir a obra na pré-venda, além de aproveitar o desconto, e nos ajudar a angariar fundos para custear a edição, ainda auxilia em um projeto paralelo de transformar o livro em audiobbok, para garantir acessibilidade aos "deficientes" visuais.


E-mail edelua.artes@mail.com
Telefone: (55) (11) 4781-0714


Se você é empresário e deseja ver o logo de sua empresa na contra-capa ou as orelhas do livro, entre em contato para acordarmos um patrocínio. 

É isso!
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Edgar Izarelli

sábado, 21 de abril de 2018

GRATIDÃO, POR ME CORTAREM AO MEIO!

Como não falar da noite de ontem? Como não tentar descrever a satisfação artística a que fui, surpreendentemente submetido? Se tem uma coisa que me agrada em morar em Embu das Artes, nesse momento histórico que essa cidade atravessa, é a efervescência da genialidade dos artistas que parece ter tido alguma espécie e permissão divina pra abençoar os eventos recentes.

De fato, desde a exposição que homenageou o artista plástico Hugo Fernando em agosto do ano passado, há uma crescente tendência de se pensar o espaço das exposições como cenários de espetáculo. A exposição de Hugo Fernando foi um marco, um divisor de águas.

Pelo sucesso artístico em revelar a beleza das obras em sua mais pura resplandecência e magnitude e pela  massiva aceitação popular, essas montagens cenográficas rapidamente ganharam espaço e prestígio, de tal maneira que. ás vezes, já é possível notar um desequilíbrio, pois as montagens acabam por deter mais requinte e sofisticação do que a própria obra exposta.

De certo, não fui isso que vi ontem, na exposição do ourives Paulo Jóia, figura simples que conheci recentemente, amizade que veio como fruto bem-quisto da convivência pelas ruas do Largo 21 de Abril, durante a Exposição FlorEmSer.

O que vi ontem foi uma harmonia enaltecedora, forjada com carinho e respeito, onde podia se admirar com muita facilidade a dócil simplicidade do trabalho artesanal, cunhado do que é abundante na natureza, desfilar uma elegância, uma fineza, uma sensualidade natural que se elevava aos estados sublimes de joias pelo labor do artista e pela montagem da exposição. Cada obra de Paulo Joia é uma iguaria para ser deliciada com o olhar e a embriaguez total me veio quando, ao questionar o artista sobre o nome das obras, ele me disse carinhosamente algo como: "Todas se chamam "Gratidão", fui acolhido e instruído por tanta gente nessa cidade... Essa é minha maneira de retribuir."

A exposição está aberta ao público no Centro Cultural Mestre Assis, no Largo 21 de Abril, nº 29. A ausência de fotos foi involuntária, mas até que vem a calhar. Aguça a curiosidade.

Embora a beleza plástica de Paulo Jóia tenha me deslumbrado, meu coração pertence (e isso não é segredo a ninguém) a duas outras artes: a delicada e sensual Literatura e a irrefreável e avassaladora Atuação. E as duas me esperavam inesperadamente juntas, na sala Ana Moysés, para o lançamento do livro  "Me cortando ao meio" de Ro Figueirado. Esperando um tranquilo e tradicional sarau,fui atropelado pelo impacto da presença de um palco cenográfico, onde música, dança e poesia bailavam dentro de uma interpretação espontânea, lúdica, marcadamente leve e solta, brincante ao sentidos, tal qual a poesia do livro que dava texto às vozes e forma aos corpos de Eliene Farias, Vinícius Mazza e do próprio autor, Ro Figueiredo, sob as luzes orquestradas por Gil Filipe..

O espetáculo artisticamente desconexo, desconstruído, contemporâneo, feito para ser sentido, respirado, o que, de certa maneira, afrontou benevolamente o meu senso pessoal e artístico pela semântica das coisas, abrindo-me portas para um novo trabalho teatral que se tudo correr bem, será mostrado a mundo no lançamento do meu quinto livro, Luz de Prata, que já está em processo de edição. (Farei um texto especifico sobre essa obra que pretendo lançar em breve).

De tão impressionado com o espetáculo, adquiri o livro que já devorei em duas horas, hoje pela manhã. É uma obra leve, incandescente, consumível, consumável e combustível, na qual não verifiquei sequer a intensão de ser uma obra poética, num sentido técnico, porém muito belo sentimentalmente. Tal despretensão técnicapodia soar como desleixo ou infantilidade, mas, nesse caso, conferiu ao autor uma noção de absurda liberdade para a qual somos arrastados e sugados na obra. Dentro dessa liberdade, da linguagem coloquial - voltada para o virtualismo cotidiano das redes sociais - que torna "Me cortando ao meio" um deleitoso oásis de refrescantes labaredas emocionais em meio aos discursos retóricos aos quais estamos habituados, mesmo em ambientes artísticos; podemos encontrar um compositor brilhante, um espiritualista consciente, um filósofo num bar rodeado de amigos, um romântico enamorado e,bem lá no fundo, um poeta clássico querendo alivio às dores de um solitário e solene coração partido.


Edgar Izarelli  

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Exposição FlorEmSer

Olá, gente, nos ausentamos um pouco das Reflexões Literárias (elas voltarão, em breve, com um texto sobre profundidade) para trabalhar em um outro projeto que agora vamos apresentar a vocês! Trata-se da Exposição FlorEmSer!

Será aberta à visitação na Sexta-feira, 12/1/18 às 19:00 horas, em clima de sarau, no Centro Cultural Mestre Assis (Largo 21 de Abril, nº29 - Embu das Artes - Centro - SP), a Exposição FlorEmSer, que abrigará mais de 50 jovens artistas (entre expositores e apresentações de música e artes dramáticas) representando dez distintas linguagens artísticas. Todos os artistas têm de 18 e 30 anos, a maioria moradores da inspiradora Embu das Artes e das cercanias, todos ansiosos por mostrar sua arte e conquistar seu espaço nesse cenário artístico mundialmente reconhecido; mas, que apesar da fama internacional como "Cidade das Artes", vem deixando-se perecer e se perdendo de suas raízes e de seu legado. 

Aqui já viveram e ainda moram muitos artistas consagrados como Cássio M'boy, Solano Trindade, Mestre Sakai, José Geraldo Rocha, Gabriel Borba, Rauqel Trindade, Vitor da Trindade, Tônia do Embu, Mestre Gama, Mestre Assis, Paulo Som, Itagiba Kuhlmann, Wilma Abonanza Kuhlmann, Hugo Fernando, Emerson Santana, Gil Filipe, Z'Figueiredo, Renato Gonda, Paulo Som, Domingos Montagner, Almir Rosa,  Agripino, Tin Tin Alves, Lea Tereza Lopes entre outros... E mesmo com tantos nomes tão brilhantes, Embu vem, numa história recente, quer seja por repressão política, quer seja por desinteresse, ou mesmo por impossibilidade financeira de realizar projetos aqui, deixando de passar para as novas gerações, principalmente de suas áreas mais periféricas, a continuidade das artes da cidade. Muitos dos alunos das escolas, mesmo das escolas do centro da cidade, não tem qualquer aproximação com a ARTE LOCAL 


Por carência absoluta de incentivos reais destinados à manutenção e crescimento tanto de sua visibilidade, quanto de uma economia verdadeiramente pautada sobre a imensa riqueza cultural que aqui reside e resiste, muitas artistas deixam a arte ou a cidade para sobreviver. 

E é nesse contexto - onde artistas estão tendo de deixar a cidade para ganhar a vida ou trabalhar em outras coisas; onde jovens artistas não conseguem espaço para se apresentar; onde artistas precisam pagar do próprio bolso para trabalhar a benefício da cidade; onde muitos artistas já morreram de fome na rua, que a Exposição FlorEmSer - idealizada, organizada e realizada por jovens artistas - ganha ares e importância de levante cultural, de postura política, de reconhecimento de identidade, de inovação, de libertação. FlorEmSer é um ato audaz que, além de mostrar para essas paragens que a arte daqui ainda inspira sonhos grandiosos nos corações dessa juventude; visa romper todas as barreiras e todas as fronteiras, pretende sair do Embu para apresentar a São Paulo, num futuro próximo, os novos nomes, novas caras, novas artes deste lugar abençoado por uma inspiração singular que parece pairar por aqui! 

A Exposição FlorEmSer fica no Centro Cultural Mestre Assis até dia 31/1/18 e durante esse período será permitido que os artistas convidados insiram novas obras à exposição e, além disso, se desenrolará uma vasta programação que contará com shows, espetáculos teatrais, eventos performáticos, debates, palestras e muito mais! 

Toda essa agenda JÁ ESTÁ disponível abaixo (ao fim do presente artigo) e na página do facebook www.facebook.com/floremser, onde vocês poderão acompanhar desde a montagem da exposição até as fotos e pequenos vídeos dos eventos. Todos os eventos da exposição serão gratuitos e contarão com contribuição voluntária para ajudar a financiar a exposição. 

Se vocês gostaram do projeto, puderem e quiserem contribuir, estamos com uma campanha aberta no Catarse (site de financiamento coletivo). A contribuição é totalmente facultativa e espontânea, no entanto, caso se efetue NOS DARÁ CONDIÇÕES DE FAZER UM EVENTO AINDA MELHOR PARA TODOS! Essa verba será empregada no sentido de remunerar os PROFISSIONAIS que estão trabalhando na organização, montagem E EM CADA UM DOS EVENTOS dessa MARAVILHOSA EXPOSIÇÃO! Não montante também estão previstos todos os materiais e equipamentos necessários para que possamos proporcionar com maestria uma experiência artisticamente ÍMPAR, ESPLÊNDIDA e INSPIRADORA para o PÚBLICO! Por isso, SUA DOAÇÃO É REALMENTE DEFINITIVA PARA O SUCESSO E PARA UMA POSSÍVEL EDIÇÃO DESSA EXPOSIÇÃO EM SÃO PAULO - CAPITAL ! Pedimos encarecidamente para que todos contribuam como puderem e façam parte da construção dessa iedia! Qualquer quantia nos enche o coração da mais plena alegria e gratidão! O link da campanha é www.catarse.me/FlorEmSer   

 Esperamos por todos no dia 12/1 e durante toda a exposição!!! 

Abaixo uma poesia coletiva do núcleo de literatura da FlorEmSer
  

Tóc Tóc! Quem é? 
Somos os filhos dos filhos, dos filhos dos filhos; 
Dos primeiros que entendiam, 
Viviam intensamente a vida.
Nossa semente é cultivada através de sentimentos e sentidos. 

Em nosso solo fértil, crescemos
Querendo um pouco mais, 
Sentindo um pouco mais 
E, talvez, por isso , para nós,  
Flor Em Ser seja saber-se berço de uma profecia inesperada, 
Um vislumbre da magia, da linguagem límbica, que expressa a verdade e os mistérios,
Dos inconscientes alquimistas, xamãs, curandeiros e eremitas que somados somos! 


Sim, somos os herdeiros daquela que acompanhou tudo nascer!
Nos enraizamos em seu ventre e abrimo-nos à amplidão, 
Nosso parto, nosso pacto, é rachar o chão, 
Desafiando conceitos concretos, 
Dando a cara para bater pelos poros do mundo,
Enquanto entoamos o seu amor, suas lágrimas de felicidade e tristeza,
Melódicos mantras, mandala dos corações 
Para que todos percebam-se abertos a frutificar tensões
Qual flor buscando os raios de sol!

FlorEmSer é nossa batalha e comunhão 
É nossa essência em ascensão, 
É nossa partilha, postura, construção, 
É nossa síntese, composição de nossas concórdias e oposições,

MUITO PRAZER, SOMOS PARTE DOS MUITOS QUE PARTILHAM A ARTE 
E VOS CHAMAMOS, ENTÃO, A DESPERTAR A ÁVIDA ÂNSIA, DÁDIVA DA VIDA,  
PORQUE ENSEJAMOS ENTRELAÇAR ÀS NOSSAS AS VOSSAS RAÍZES 
E DESSA BELA PRIMAVERA, 
DESSA JUVENTUDE INOVADA, 
DESSA FLORADA DA ARTE, 
PARTICIPAR! 

Autoria Marcos Rodrigues, Lobo Vagante e Edgar Izarelli 
Edição Final Edgar Izarrelli

Agradecemos a atenção,
Grande Abraço


Nossa Agenda


 


A Exposição FlorEmSer foi idealizada e organizada por Lua  Rodrigues, Renata Castro Angelo,  Lucas Mendes e Edgar Izarelli.



sábado, 19 de agosto de 2017

Oficina "Sentido Literário"



                                 Num oferecimento de:
 
As mais finas peças de arte, as mais deslumbrantes joias e os mais requintados artigos de decoração esperam para abrilhantar, embelezar e tornatr a sua vida mais completa, na Guarani Artesanatos. Estonteantes pinturas, esculturas maravilhosas, cintilantes cristais de incontáveis e talentosos artistas podem se tornar estupendos ornamentos para aconchegar você em seu lar e presentear grandemente aqueles a quem você deseja  agraciar com tanta estima em tão delicada formosura esmerada por riquíssimo primor e dedicada lapidação. Venha conferir em
Largo Jesuítas, 153 - Centro, Embu das Artes - SP, Brasil. Tel: (55) (11) 4704-3200 ou
(55) (11) 9933-7117  ou visite o site: http://guaraniartesanato.com.br/
 
               

   
Vista-se de uma alegria elegante que contagia as pessoas ao seu redor!  Localizada na Rua da Matriz, 16 - Embu das Artes- Centro, o Ateliê Ivana Scotelari oferece uma vasta  gama de maravilhosas roupas  exclusivas confeccionadas com a maestria de Ivana Scotelari e sua hábil equipe de costureiras, especialmente para alinhar a durabilidade de vestes feitas à mão e a suavidade da moda indiana à sua beleza única que será tratada com o respeito singular que você merece! Entre em contato através da página: https://www.facebook.com/Ateli%C3%AA-Ivana-Scotelari-483301445186519/
  ou pelo telefone: (55) (11) 4781-2931





Localizada na Rua Belo Horizonte, nº 124, no charmoso Centro histórico da inspiradora Embu das Artes, a rotisserie doceria encanta pelos primorosos sabores sofisticados de suas deliciosas iguarias, preparadas com ingredientes orgânicas cuidadosamente selecionados pela gastrônoma Nataly Mota e sua família, bem como pelo amistoso acolhimento em seu ambiente intimista. Tudo para te proporcionar a mais sensacional, deleitosa e nutritiva experiência gastronômica! Para mais informações acesse o facebook https://www.facebook.com/Renatalydoces/?fref=ts ou ligue para (55) (11) 4385-1192





É isso aí, gente! Desde 2013, quero realizar essa oficina e acho que agora encontrei o formato ideal! Independente, Gratuito, Livre, Aberto e sem perder qualidade! 

Montei esse curso de criação literária com todo amor para todos que, como eu, amam escrever e querem melhorar suas técnicas e ampliar seus conhecimentos. 

Nos primeiros dois encontros, dia 23/8, às 19:00 horas, no Círculo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP) e dia 27/8, às 14:00 horas, no Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.),  discutiremos muita coisa sobre como usar a língua que falamos de maneira simples e artística, descobrindo que todo mundo tem potencial para ser um artista da palavra, além de algumas surpresas que tenho preparado! 

Peço a quem puder para que me ajudem a divulgar, pois quanto mais partilharmos mais sábios seremos! 

Mais detalhes, garde de conteúdos e material online abaixo.

  
Todo mundo PODE ser um artista da palavra!

Desvende detalhadamente as curvas da potência poética,
Desvele a intensa riqueza secreta das suas passagens,
Construa as alucinantes profundezas das suas imagens
E transcenda à transparência das escritas complexas.


Convidamos todos a participar de um novo ciclo de partilha e aprendizado mútuo que se inicia!

Em breve, terão início os encontros presenciais da Oficina "Sentido Literário"!

Serão, ao todo, 28 encontros gratuitos, abertos a quem quiser participar. Estes encontros serão igualmente distribuídos em dois polos, 14 em cada um, localizados nos seguintes locais:

Polo ICírculo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP), onde os encontros correrão semanalmente às quartas-feiras, do dia 23/8 ao dia 22/11 de 2017, das 19:00 às 21:00 horas.

Polo II. Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.), onde os encontros ocorrerão semanalmente aos domingos, do dia 27/8 ao dia 26/11 de 2017, das 14:00 às 16:00 horas

Os polos não terão turmas fechadas e cada participante poderá transitar livremente entre eles, escolhendo os temas e dias mais interessantes para si. Quem quiser, portanto, poderá comparecer a todos os 28 encontros.

Abaixo deixo a grade de conteúdos a serem abordados nos encontros e os links para acessar o material on line já disponível para quem já quiser se preparar para as discussões. Esperamos que apreciem este projeto.


Grade de Conteúdos


Encontro 1

Tema: Todo mundo pode ser um artista da palavra
* A arte da palavra enquanto uma habilidade humana em 
    potencial.
* Como utilizar o sentido comum das palavras de uma maneira 
   criativa
* Introdução à potencia poética
* Exercícios de facilitação criativa

23/8 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

27/8 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 2

Tema: A Noção de Presencialidade Literária e A Potência Poética
* O que é presencialidade
* Quais as forças que a movem
* Equilíbrio das forças gerando a Potência Poética
* Exercícios de facilitação criativa

30/8 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

3/9 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 3

Tema: Intensidade literária
* O que é intensidade na literatura artística
* Como trabalhar a intensidade nos textos artísticos
* Instrumentos linguísticos que auxiliam o desenvolvimento da 
   intensidade
* Exemplos comentados
* Exercícios de facilitação criativa

6/9 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

10/9 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 4

Tema: Profundidade literária
* O que é profundidade na literatura artística
* Como trabalhar a profundidade nos textos artísticos
* Instrumentos linguísticos que auxiliam o desenvolvimento da 
   profundidade
* Exemplos comentados
* Exercícios de facilitação criativa

13/9 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

17/9 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 5

Tema: Transparência da Presença Constituída
* O que é transparência da presença constituída na literatura 
   artística
* Como trabalhar a transparência nos textos artísticos
* Instrumentos linguísticos que auxiliam o desenvolvimento da 
  transparência
* Exemplos comentados
* Exercícios de facilitação criativa

20/9 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

24/9 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 6

Tema: Riqueza na literatura
* O que é riqueza na literatura artística
* Como trabalhar a riqueza nos textos artísticos
* Instrumentos linguísticos que auxiliam o desenvolvimento da  
   riqueza
* Exemplos comentados
* Exercícios de facilitação criativa

27/9 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

1/10 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 7

 Tema: Construção imagética
* O que é construção imagética na literatura artística
* Como trabalhar a construção imagética nos textos artísticos
* Instrumentos linguísticos que auxiliam o desenvolvimento da 
    construção Imagética
* Exemplos comentados
* Exercícios de facilitação criativa

4/10 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

8/10 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 8

Tema: Complexidade
* O que é complexidade na literatura artística
* Como trabalhar a complexidade nos textos artísticos
* Como equilibrar a complexidade dos textos artísticos
* Exemplos comentados
* Exercícios de facilitação criativa

11/10 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

15/10 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 9

Tema: Desenvolvimento do estilo próprio (poesia I)
* O que é estilo próprio
* Elaboração teórica do estilo próprio
* Exercícios de facilitação criativa voltada para prática do estilo  
   próprio
* Debate coletivo sobre material produzido

18/10 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

22/10 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 10

Tema: Desenvolvimento do estilo próprio (poesia II)
* Lapidação teórica do estilo próprio
* Exercícios de facilitação criativa voltada para prática do estilo próprio
* Prática de recitação
* Debate coletivo sobre material produzido

25/10 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

29/10 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 11

Tema: Desenvolvimento do estilo próprio (poesia III)
* Lapidação teórica do estilo próprio
* Exercícios de facilitação criativa voltada para prática do estilo próprio
* Prática de recitação
* Debate coletivo sobre material produzido

1/11 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

5/11 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 12

Tema: Desenvolvimento do estilo próprio (prosa I)
* Elaboração teórica do estilo próprio para contos e romances
* Exercícios de facilitação criativa voltada para prática do estilo 
    próprio
* Debate coletivo sobre material produzido

8/11 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

11/11 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 13

Tema: Desenvolvimento do estilo próprio (prosa II)
* Lapidação teórica do estilo próprio para contos e romances
* Exercícios de facilitação criativa voltada para prática do estilo 
   próprio
* Debate coletivo sobre material produzido

15/11 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy,
Embu das Artes – SP.)

19/11 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Encontro 14

Tema: Desenvolvimento do estilo próprio (prosa III) + fechamento de atividades e confraternização
* Debate coletivo sobre material produzido
* Preparação para um evento final
* Confraternização

22/11 – das 19:00 às 21:00 - Circulo Palmarino (Rua Campos Sales, 43, Jd. Presidente Kennedy, Embu das Artes – SP.)

26/11 – das 14:00 às 16:00 - Ateliê do Memorial Sakai (Rua Robolo Gonzáles, 185 - Vila Cercado Grande, Embu das Artes – SP.)

Materiais Online


Texto 1: "Todo mundo PODE ser um artista da palavra"

Prévia: "Em outras palavras, do mesmo modo que saber as quatro operações básicas da matemática, nos dias de hoje, não torna ninguém um matemático, saber e, principalmente, se contentar em saber apenas o básico da arte não faz nenhum artista. Por outro lado, assim como o matemático teve um dia de aprender as operações básicas para depois chegar a ser matemático, o artista também tem suas fases iniciais de descoberta e aprendizagem. Assim é possível concluir que há um possível matemático em todo aquele que aprende a contar, um possível pintor em quem aprende a pintar e, agora trazendo para a literatura, um possível poeta em quem aprende a falar (ou gesticular no caso de língua de sinais) e/ou escrever uma língua. "

Íntegra em: http://edluaartes.blogspot.com.br/…/normal-0-21-false-false…

Texto II: "Desvendando a Potência Poética"

Prévia: "No entanto, e isso é preciso que fique claro, a potência poética que cá estou introduzindo NÃO é a função poética da língua portuguesa, MAS, o conjunto de fatores que podem ampliar ou diminuir os sentidos da língua em textos predominantemente artísticos, ou, valendo-me da analogia maquinário acima, os mecanismos internos que possibilitam a existência, o acionamento e a regulagem da chave da função poética."

Íntegra em: http://edluaartes.blogspot.com.br/…/reflexao-literaria-2-de…

Texto III: "Aprofundamentos na Dimensão da Potência Poética"

Prévia: " É importante observar que não estou qualificando a presença, apenas afirmando a noção de sua existência. Se essa presença é humana ou não, se está presente para agradar ou agredir, fica a critério do indivíduo que a constituiu enquanto presença. Clareando, chamo de presença desde o autor exposto, como no caso de uma carta, até uma existência imaginária criada para narrar uma história fictícia, abrangendo, portanto, o que hoje os literatos definem por eu-lírico."

Integra em: http://edluaartes.blogspot.com.br/…/reflexao-literaria-03-a…

Texto IV: "Considerações sobre a Intensidade"

Prévia: "Devido a sua natureza mais ou menos envolvente, em qualquer gênero pessoal a intensidade é a partícula rudimentar que exerce a função de vivificar ou não o texto, facilitando ou dificultando a aproximação e a possível imersão nos meandros textuais; determinando, assim, não só a existência ou não de um vínculo emocional criado entre o leitor e a presença constituída, mas, também, sua espécie - que se torna perceptível a partir da identificação da carga emocional e das tensões que geram, junto de outros aspectos, uma postura (agradável, agressiva, confidente, libidinosa, esquiva, sagaz, irônica, entre outras) em relação a quem está recebendo o texto e também ao assunto sobre o qual este trata."

Íntegra em: http://edluaartes.blogspot.com.br/…/reflexao-literaria-04-c…

Em breve o Texto V " Considerações sobre a Profundidade" estará disponível!

Curso indicado para maiores de 14 anos

Contato para mais informações:

Tel: (55) (11) 4781-0714
e-mail: edelua.artes@gmail.com
Facebook:www.facebook.com/EdLuaArtes

Agradecemos aos nossos parceiros Renataly Rotisserie e Confeitaria, Ateliê Ivana Scotelari, Guarani Artesanato, Círculo Palmarino, Memorial Sakai Vila Cercado Grande