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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sobre minha nova performance.

Bom dia, galera!

Hoje falarei um pouco sobre um novo trabalho poético-teatral que estou desenvolvendo com a ajuda da Lua. Ainda não tem título, mas creio que até fim da postagem eu consiga dar-lhe nome.  A performance ainda está aberta e, por hora, contém 4 textos de minha autoria, durando, na íntegra, 25 minutos. É o que chamo de micro-monólogo. 

O processo de criação desta performance está sendo uma delícia, pois, mescla uma quantidade inimaginável de novas descobertas, tanto no que é tocante toda a parte de evolução artística, quanto no que tange a parte pessoal. Para mim, está sendo importantíssima esta nova performance, considero-a uma quebra de tabu.

Bom, tentarei verbalizar um pouco todo o processo que fiz até o presente momento. Claro que, como a maioria parte das minhas criações, está teve suas origens em processos pessoais e devaneios artísticos, por isso talvez eu não possa exprimir tudo o que fiz. Alias, dizer que eu “FIZ” me parece até arrogância de minha parte, considerando que a primeira parte deste trabalho é oriunda da necessidade de expressar o que eu estava sentindo no decorrer de uma crise existencial, já recorrente para mim, mas nunca descrita da forma descrevi nessa performance. Tal processo psicológico é decorrente de uma sensação de incapacidade devido a minha condição física, que limita em muitos aspectos da minha vida e me condiciona a depender de outrem para coisas cotidianas.

 Só consigo falar disso abertamente graças à representação artística que consegui extrair da última crise que tive. Falando francamente, sempre tive vontade de escrever algo desse tipo, mas esse desejo sempre foi reprimido, silenciado, inibido pelas minhas próprias convicções artísticas. Desde que me assumi poeta, a linha de trabalho que sempre procurei seguir é basicamente “expressar meus sentimentos, de forma particular, sim, mas que qualquer pessoa possa se identificar”. Em outros termos, escrevo para que as pessoas possam sentir que mais alguém se sente como elas. Falar da minha condição física e de como me sinto em relação a ela sempre me pareceu um tema pessoal demais se comparados aos meus temas favoritos: amor, relacionamentos e arte. Inclusive, quando era mais novo, uma pessoa perguntou por que eu não escrevia sobre a minha deficiência respondi poeticamente com uma poesia chamada “De porque eu sou romântico” falando de tudo o que eu poderia falar e não falava porque não era meu ideal artístico. Claro que evolui muito desde então, mas, mesmo assim, consegui romper o tabu de falar sobre sexo em cena antes de escrever algo politicamente incorreto, mas sentimentalmente exato sobre a minha condição.

Só pude vencer ambos os tabus graças a diversas experiências artísticas desde a parceria com Takumi Matos, passando pelo Co-Mídia Dell’Arte (grupo que originou a EdLua.Artes) e chegando ao apoio da minha amada Lua, que me incentiva a buscar inovações e ousadias através das experiências pessoais que vivemos.

Voltando à performance. O texto que rompeu com o tabu se chama “Escafandro em Curto Circuito” e foi escrito no final de agosto. Dei este nome, por causa da referência cinematográfica “O Escafandro e a Borboleta”.

Professora Maria Lúcia Lopes do Prado,
Uma supervisora e
 Professor Marcos Rodrigo da Rosa  
A oportunidade e a ideia de apresentá-lo de forma cênica me vieram quando meu ex-professor Marcos Rodrigo da Rosa (reencontramo-nos num sarau no primeiro semestre) me convidou a fazer uma intervenção artística num evento da Diretoria Regional de Ensino do Campo Limpo, onde ele trabalha, no dia 9/10. Decidi levar algo chocante e que pudesse mostrar como se sente de verdade uma pessoa com alguma limitação, no meu caso, motora, sendo tratada como incapaz e, ao mesmo tempo, fosse algo desafiante para mim. Para tal apresentação juntei três poesias (“Olha pra Gente”, “Escafandro em Curto Circuito” e “A Caixinha Mágica”) e uma inovação recente que acrescentei a minha atuação durante uma noite em que havia faltado eletricidade em casa: a luz de uma lanterna com opção de foco ou iluminação ambiente.

Minha mãe, professora Laura e eu!
A apresentação foi muito apreciada e elogiada, fiquei eu mesmo satisfeito com o resultado. A junção das três poesias ficou quase perfeita, a luz da lanterna deu um impacto mais profundo à representação.

Abaixo, um depoimento do Rodrigo sobre a performance e sobre o livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”.

"Você esteve demais, cara! Arrebentou!
 
Minha diretora achou você, além de espetacular, bastante ácido. Ela gosta disso.
 
Os Supervisores também apreciaram muito. Alguns disseram que foi o momento mais poético e sensível que a Diretoria Regional presenciou.
 
Logo vamos enviar as fotos e postar o video no youtube.

Quanto a sua poesia, cara, que foda! Que estrondo!
 
O poema "Entre a Resiliência e a Obsessão" revela um cuidado com a palavra, uma investigação profunda dos sentimentos do ser;
particularmente, revelou-me a mim mesmo.
O ponto fraco de sua poesia talvez seja as excessivas enumerações, como escreveu Borges, certa vez. Mas mesmo as enumerações não me desagradam. Elas são obsessivas. Como tende a ser o nosso pensamento. 
 
Abraços"

Marcos Rodrigo da Rosa
 





Duas semanas depois da apresentação na DRE, já tinha marcada, para o dia 28/10, a apresentação da mesma performance, na escola M’Boi I, a convite da supervisora Simone.

Para a segunda apresentação, já levei algo a mais, o texto contava com a inclusão de mais uma poesia, a “Sobre as Palmas que Vocês NÃO Vão me Dar”, para arrematar o lado artístico, já estou pensando em melhorias cênicas. Novamente muito bem aceita e recebendo ótimas críticas. 





Vídeo de um trecho da performance, gravado no Sarau da Educação e Cultura, dia 18/10:    





A apresentação na DRE ainda m e valeu uma entrevista feita pela Professora Maria Lúcia Lopes do Prado. Em breve a postarei aqui, no EdLua.Artes.

Sobre o título da performance, decidi batizá-la de “O Brilho de uma Alma”    

A performance pode ser apresentada para professores e familiares destas pessoas e para elas próprias, como forma de incentivo à evolução.

Gratidão imensa a todos os que foram citados, especialmente ao Rodrigo pela oportunidade e por me abrir tantas portas!!!

Um abraço

Contatos: edelua.artes@gmail.com ou eioc77@hotmail.com    


Edgar Izarelli de Oliveira

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Feedback Sarau de Lançamento de "Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão"

"Galera,

Gostaria de agradecer a todos os que compareceram, na noite linda de 26/7, ao sarau de lançamento do livro e á exposição da Lua, que, por sinal, foi muito elogiada! Inclusive, Eu levava no corpo uma obra de arte assinada por minha amada Lua, uma camiseta estilizada feita por ela na manhã daquele dia! Realmente, estava me sentindo um artigo de arte. E foi maravilhoso ver a Lua feliz com o evento! Foi realmente mágico! Os olhos dela não paravam de brilhar! Para mim, nada vale mais que um sorriso da Lua! O evento valeu a pena só de perceber a felicidade dela em ver sua arte sendo contemplada, valorizada e reconhecida! Amor, teremos muitos mais durante toda vida!

Tivemos muitas surpresas, a maior de todas talvez tenha sido a chegada do nosso amigo Takumi Matos! É Sempre bom poder contar com os amigos verdadeiros que fazem todo possível pra estar conosco nos momentos importantes. Takumi certamente é meu grande amigo, sempre empenhado nas mesmas lutas e, embora estejamos distantes por questões profissionais, é sempre bom escutá-lo recitar suas poesias! Só os clássicos! Pena que não deu pra fazer o nosso “Diálogo Poético”, fica pra próxima...
       
      Rever gente importante pra gente, reencontrar amigos que há tempos não víamos é sempre uma constante deliciosa nesses eventos. Revi tanta gente neste sábado... Uma das minhas ex-alunas da Oficina “Sentido Literário”, a Juliana Cruz, estava lá, sinto muita falta dos tempos de oficina, queria ter revisto a turma toda!
Outros amigos vieram de São Paulo pra prestigiar nosso evento! Valeu Lucas Scandura, pela força de vir!
            O sarau também foi digno de grandes aplausos! As bandas Lyllith Cartola’s Band e Pensamentos Libertinos abrilhantaram a abertura do sarau que teve muita poesia, muita dança e muito teatro com Emerson Santana e Takumi Matos apresentando seus combos poéticos. Gil Filipe declamando poesia. As meninas do Grupo Arte do Deserto apresentando a coreografia “Chama da Vida”, Nego Blue tocando blues! Renato Gonda falando um trecho do prefácio que fez pro meu livro! Doolunay Mooinaa improvisando sua dança ao som do violão de seu marido Ricardo! Viviane e Andréa Neres apresentaram uma performance teatral. Teve até uma improvisação de Didgeridoo da Karina Barbosa com poesia de Cordel de Tin Tin Alves. Agradecemos a todos a participação no sarau e pedimos desculpas aqueles que não puderam se apresentar. 

             Honestamente, achei que nosso sarau conquistaria e cativaria o público da choperia, porém, é difícil chegar com uma proposta nova, quebrar uma expectativa pré-existente e ainda assim conquistar a paciência e o apreço de quem pertence a outro núcleo cultural. Era um risco a se correr. Mesmo assim, considero o evento um sucesso! Conseguimos um pouco de atenção de pessoas desconhecidas e tivemos a oportunidade de tocar corações com algo novo pra eles. 
             
            Agradecemos imensamente a abertura que Choperia concedeu a nós! Obrigado BierGarten!

Ainda dentro do sarau, a Lua e eu fizemos nossa performance “Espelho”, que foi bem apreciada e recebeu ótimos elogios de nossos amigos! Foi maravilhoso!
Lua e eu certamente montaremos um outro evento para quem não pode ir a este. O próximo será num lugar pertencente à comunidade artística da cidade! Esperamos velos novamente em breve!
Claro que deixamos os convites de onde formos tanto aqui, no EdLua.Artes,  quanto na fanpage do livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”. Falando em convites já tenho uma fazer. Fomos convidados para fazer um lançamento no Sarau CorpOralMente. É esse sábado, dia 2/8, a partir das 15:30. Deixo aqui o flyer do evento.  
PS: Ainda não tenho em mãos as fotos e vídeos oficiais do evento. Por hora posto um vídeo da performance “Espelho”, gravado pela mãe da Lua, Solange Souza e uma foto nossa tirada pela tia da Lua, Rosangela Silva.Galera,

Gostaria de agradecer a todos os que compareceram, na noite linda de 26/7, ao sarau de lançamento do livro e á exposição da Lua, que, por sinal, foi muito elogiada! Inclusive, Eu levava no corpo uma obra de arte assinada por minha amada Lua, uma camiseta estilizada feita por ela na manhã daquele dia! Realmente, estava me sentindo um artigo de arte. E foi maravilhoso ver a Lua feliz com o evento! Foi realmente mágico! Os olhos dela não paravam de brilhar! Para mim, nada vale mais que um sorriso da Lua! O evento valeu a pena só de perceber a felicidade dela em ver sua arte sendo contemplada, valorizada e reconhecida! Amor, teremos muitos mais durante toda vida!

Tivemos muitas surpresas, a maior de todas talvez tenha sido a chegada do nosso amigo Takumi Matos! É Sempre bom poder contar com os amigos verdadeiros que fazem todo possível pra estar conosco nos momentos importantes. Takumi certamente é meu grande amigo, sempre empenhado nas mesmas lutas e, embora estejamos distantes por questões profissionais, é sempre bom escutá-lo recitar suas poesias! Só os clássicos! Pena que não deu pra fazer o nosso “Diálogo Poético”, fica pra próxima...
             Rever gente importante pra gente, reencontrar amigos que há tempos não víamos é sempre uma constante deliciosa nesses eventos. Revi tanta gente neste sábado... Uma das minhas ex-alunas da Oficina “Sentido Literário”, a Juliana Cruz, estava lá, sinto muita falta dos tempos de oficina, queria ter revisto a turma toda!
Outros amigos vieram de São Paulo pra prestigiar nosso evento! Valeu Lucas Scandura, pela força de vir!
            O sarau também foi digno de grandes aplausos! As bandas Lyllith Cartola’s Band e Pensamentos Libertinos abrilhantaram a abertura do sarau que teve muita poesia, muita dança e muito teatro com Emerson Santana e Takumi Matos apresentando seus combos poéticos. Gil Filipe declamando poesia. As meninas do Grupo Arte do Deserto apresentando a coreografia “Chama da Vida”, Nego Blue tocando blues! Renato Gonda falando um trecho do prefácio que fez pro meu livro! Doolunay Mooinaa improvisando sua dança ao som do violão de seu marido Ricardo! Viviane e Andréa Neres apresentaram uma performance teatral. Teve até uma improvisação de Didgeridoo da Karina Barbossa com poesia de Cordel de Tin Tin Alves. Agradecemos a todos a participação no sarau e pedimos desculpas aqueles que não puderam se apresentar. Honestamente, achei que nosso sarau conquistaria e cativaria o público da choperia, porém, é difícil chegar com uma proposta nova, quebrar uma expectativa pré-existente e ainda assim conquistar a paciência e o apreço de quem pertence a outro núcleo cultural. Era um risco a se correr. Mesmo assim, considero o evento um sucesso! Conseguimos um pouco de atenção de pessoas desconhecidas e tivemos a oportunidade de tocar corações com algo novo pra eles. Agradecemos imensamente a abertura que Choperia concedeu a nós! Obrigado BierGarten!
Ainda dentro do sarau, a Lua e eu fizemos nossa performance “Espelho”, que foi bem apreciada e recebeu ótimos elogios de nossos amigos! Foi maravilhoso!
Lua e eu certamente montaremos um outro evento para quem não pode ir a este. O próximo será num lugar pertencente à comunidade artística da cidade! Esperamos velos novamente em breve!
Claro que deixamos os convites de onde formos tanto aqui, no EdLua.Artes,  quanto na fanpage do livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”. Falando em convites já tenho uma fazer. Fomos convidados para fazer um lançamento no Sarau CorpOralMente. É esse sábado, dia 2/8, a partir das 15:30. Deixo aqui o flyer do evento.
Abraços"

Edgar Izarelli 



   
PS: Ainda não tenho em mãos as fotos e vídeos oficiais do evento. Por hora posto um vídeo da performance “Espelho”, gravado pela mãe da Lua, Solange Souza e uma foto nossa tirada pela tia da Lua, Rosângela Silva. 

EdLua 




"Espelho" - EdLua.Artes  

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Invasão de Embu em Osasco!!

Galera!!! Farei o feedbak do Sarau da Educação e Cultura de Osasco, sozinho, dessa vez, por que a
Lua está trabalhando em suas obras para exposição do nosso lançamento. Estamos super 
empolgados! Preparando a apresentação da performance “Espelho”, também! 
AH, saiu a programação do lançamento!! Ficou assim: 17:00 - Abertura com Lyllith Cartola's Band 17:30 - Banda Pensamentos Libertinos 18:00 - Sarau Aberto Esperamos todos por lá! Sábado, dia 26 de Julho, das 17:00 às 22:00 horas, na Biergarten Choperia!!! 
Endereço: Av. Professor Candido Motta Filho, 595 – Embu das Artes.


Lyllith Cartola's Band


Pensamentos Libertinos



Acabando o comercial, vamos falar de arte que o que importa nesse blog.

O Sarau da Educação e Cultura de Osasco, realizado no último sábado, dia 19 de Julho, foi invadido pelos embuenses! A culpa é minha! Comecei a frequentar o Sarau com o Tak. Depois levamos o Guidival Amaro, melhor guitarrista que conheço, fazíamos parte da Ode Experimental, uma banda que fazia um som alternativo muito artístico. Depois, levei o grupo responsável pela união Ed & Lua, o Grupo Artístico Co-Mídia Dell’Arte, formado por Lua, Tak, Karina Barbosa (Kah) e eu. Fazíamos esquetes teatrais em tom cômico. O grupo acabou se separando, mas o EdLua sobreviveu, tanto no pessoal, quanto no profissional. Agora levei uma caravana inteira! Bom, na verdade, dessa vez, eu consegui apenas a oportunidade de uma exposição pra Lua. Ela levou seis quadros que estarão expostos no lançamento. O resto da Expedição OSASCO foi a minha mãe, Denise Oliveira, que levou. 
Tudo isto, graças ao tema do sarau que neste sábado foi “Os quatro Elementos”, tema perfeito para a exposição da Lua, para a coreografia “Chama da Vida” - dança do ventre - do Grupo Arte do Deserto da Casa de Cultura Santa Tereza, Professora Mônica Antoniolli. Tivemos também Renato Gonda declamando poesias de seu livro “Fugitivo dos Homens” e o grupo Dança Cigana da Professora Haruna, também da Casa de Cultura Santa Tereza. Ah, e vocês pensam que parou por ai? Vanessa Souza (presidente da Casa de Cultura Santa Tereza) e eu também declamamos. Lua apresentou uma poesia escrita na hora, pra apresentar sua exposição. Eu apresentei “Cumplicidade” e “Escrituras do Fogo”. Postarei o vídeo abaixo.
Além de todas essas apresentações, Fabiana Mina recitou uma poesia. Tivemos a intervenção musical de Valdir & Zizi e Chiquinho Mendes, entre outras. A bailarina Cátia Codeceira apresentou dança do ventre e explicou muito sobre os elementos que constituíram sua apresentação. Vera Lof fez uma intervenção teatral. O sarau Contou com a decoração sempre brilhante de Andréa Leão e o tradicional painel de Eduardo Rangel.

Abaixo estão as fotos do sarau e o vídeo da minha apresentação, espero que gostem!!

Exposição da Lua

Arte do Deserto 

Grupo de Dança Cigana

EdLua

Invasores de EMBU

Vera  Lof

Cátia Codeceira

terça-feira, 17 de junho de 2014

Feedback do Sarau Em Cantos e Versos (com videos e fotos)










"Galera!

Na noite de Sábado, estivemos, o Takumi, a Lua e eu, na 1ª edição do Sarau Em Cantos e Versos, realizado na BibliASPA (clique parta conhecer o site da BibliASPA), ao qual fomos convidados por um amigo meu, o Saulo César Paulino Silva.
Tive a felicidade de conhecê-lo em um sarau que acontecia regularmente no Embu Plaza Shopping, por iniciativa de Gerson Ruy Simões Costa. Muitos dos artistas meus companheiros tinham e, receio, ainda tenham um bloqueio para sarau em shopping. Eu, no entanto, achava maravilhosa a oportunidade quebrar a barreira que existe entre o capitalismo consumista e o estilo de vida que a maioria dos artistas leva. Ver a arte invadir esse espaço, mesmo que não tivéssemos tanto público, era, de fato, uma possibilidade de despertar o interesse, por parte da população, na produção artística que acontece na cidade que leva o nome de Embu das ARTES, mas onde poucas pessoas sabem sequer o nome dos artistas residentes. Há uma distância enorme entre o povo da cidade e a comunidade artística que nela habita e, pra quem convive nos dois mundos, como eu, torna-se evidente que a iniciativa de aproximação deve vir da esfera artística. Por isso, durante o tempo que pude, apoiei o Sarau do Varal; era uma tentativa ousada fazer essa aproximação tão necessária para os dois grupos. Continuo apoiando qualquer coisa que faça a arte sair do núcleo de criação e se aproximar de novo do povo.
Lá, no Sarau do Varal, fiz alguns amigos como Diógenes Correa e o Saulo. Saulo sempre se lembra de me convidar para saraus em São Paulo.
O Sarau Em Cantos e Versos foi uma espécie de confraternização artística, não se parecendo muito com outros saraus de mais tradição. É um estilo diferente, com um ritmo mais lento, aberto a longos discursos sobre a vida, à partilha de experiências; tanto que chega a ser quase terapêutico. Embora todo sarau seja uma atividade terapêutica, pois se trata essencialmente de contato humano num espaço em que o experimentar é permitido, alguns saraus oferecem um clima mais agressivo, mais político, outros são mais voltados para especialistas na arte; e outros, bem mais raros, sendo, geralmente, os que estão em processo de formação, são mais humanos, oferecendo um ambiente mais acolhedor.  
Confesso que a quebra do ritmo habitual dos saraus dos quais geralmente participo me deixou meio impaciente no início. Porém, depois que a mente se adaptou, ficou muito gostoso! O ambiente era perfeito para o clima de amistoso, o piso de madeira com certeza contribuiu para a sensação de acolhimento, mas o fundamental foi a vontade e a intensidade da partilha que houve. Histórias de vida foram abertas e puderam ser vistas sendo expostas.
Oswaldo Camargo compartilhou, por exemplo, história que viveu com Solano Trindade e Lygia Fagundes Telles, incrível conhecer pessoas que conviveram com ídolos da literatura! Oswaldo ainda declamou poesias de poetas negros junto de Neide Almeida e, de quebra, ainda me incitou a uma reflexão interessante: O único papel do poeta/escritor é escrever bem (?).
Mais incrível ainda sentir a abertura que é permitida em saraus com clima amistoso! Sentir, por exemplo, o amor que há entre um casal...  Me emocionei muito quando Sandra Paulino leu um texto que falava da história de seu encontro com Saulo. Ou sentir novamente a magia dos saraus se espalhar pelos corações de quem está participando pela primeira vez! É mágico!
Também foi magnífico assistir o Teatro de Barros (Clique para conhecer mais sobre este projeto na fanpage do Facebook) fazer uma intervenção sobre Manoel de Barros. Ouvir o Saulo tocar viola caipira, e outros poetas: Adriano Queiroz, Jair Farias, Edson Feitosa que partilhou um texto de Manoel de Barros que desencadeou toda uma reflexão sobre situações de guerra e a importância do registro histórico das vítimas.
 A Lua e eu aproveitamos a oportunidade para fazer um pré-lançamento do livro “Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão”. Lua levou um quadro pra expor e despertou interesses. Só pra lembrar, quem quiser um quadro da Lua é só entrar em contato com ela pelo nosso e-mail. Além de falar um pouco sobre seus quadros e a maneira singular como gosta de trabalhar, Lua recitou uma poesia que fez ali na hora. Sensacional!
Eu fiz uma série de intervenções, mas vou destacar aqui o Diálogo Poético que faço com Takumi Matos, essa performance é um dos clássicos da minha carreira. Já apresentamo-na em diversos saraus e sempre teve boas críticas. A Lua filmou essa performance. O vídeo está abaixo.

Valeu, Gente!

Abraços!"

Edgar Izarelli







"O sarau Em Cantos e Versos aconteceu pela primeira vez (de muitas :D) na BibliASPA, biblioteca especializada em cultura/ literatura árabe, africana e sul-americana, que contém uma variedade de livros, sendo também, um espaço para exposições artísticas e intervenções culturais (o endereço e o site estarão indicados no fim do texto).
O sarau foi bastante acolhedor, encantador (rs), com clima terapêutico e de amizade. Todos presentes se apresentaram e se sentiram à vontade para se expressar.
Senti um clima intenso de encontros, como se praticamente todos se conhecessem há anos!
Houve uma ênfase especial em poesia negra e brasileira, ouvimos Solano Trindade pela boca de interpretes incríveis e também Manoel de Barros, que recebeu uma homenagem especial do projeto (magnífico***) Teatro de Barros. Se trata de um projeto de ocupação dos espaços públicos, fazendo experiências cênicas com poesias e textos de Manoel de Barros.
Levei uma obra minha da qual tenho muito apego, pintura de tinta óleo e acrílica sob madeira.
Me identifiquei muito com a galera, nos receberam super bem e fizeram com que a partilha fosse natural.
Fiz leitura dramática de duas poesias minhas, uma eu escrevi por ali no sarau, enquanto ouvia o som mais que inspirador da modinha de viola.
Fazia um bom tempo que não tinha impulsos poéticos desse tipo, mas quando acontecem, são extremamente bem vindos!! :)
Como o Ed já tratou de mencionar a grande parte das apresentações, vou falar um pouco sobre a emoção. (kk)
Tratamos um pouco de política, um tema que mastigamos sempre que possível e sempre que impossível também. A importância da crítica é indiscutível (critiquem).
A poesia de raiz braSileira me encanta, é atemporal, a exclusão e o pré-conceito, são presentes até hoje e deixam marcas na vida de muita gente. Claro que em menor número, BUT, acontece. Enquanto acontecer é de se preocupar.
O descaso com a classe trabalhadora, classe (CDEFGH), são muitos rótulos.
Nada disso faz de alguém mais gente ou menos gente, não é a cor que deve ser parâmetro para desigualdade, isso serve para religião, opção sexual e tantos outros padrões.
Como eu ouvi um dia, numa entrevista com o GENIAL Criollo (doido): Nossa gente é A, A+!
E a simplicidade das coisas boas, que é o que não nos falta, poesia singela, com grandes intenções...
Fizemos pré-lançamento do nosso filho/livro, Porta Encostada: Lembrando que acontecerá lançamento em breve, com uma exposição de algumas obras minhas!
Fica a dica: Sarau Em Cantos e Versos, na BibliASPA.

Beijos de Luz"

Lua Rodrigues

Vídeos:
Vídeo-poesia do poema Casa Arrumada, de Carlos Drummond de Andrade.
Lázaro Ramos e Criollo discutem questões sociais em entrevista.
Documentário sobre Manoel de Barros: Só Dez Por Cento é Mentira.



Algumas Fotos do Evento  



Lua, Takumi e Edgar


Saulo e Sandra Paulino


Neide Almeida


Takumi Matos se preparando pra atuar!


Lua, Takumi, Edgar e Saulo


Takumi Matos


Oswaldo Camargo


Teatro de Barros


Saulo César Paulino Silva e Takumi Matos improvisando.


Lua e Ed         
Takumi e Edgar   

Convidados






Fotos: Denise Oliveira e Lua Rodrigues

sábado, 14 de junho de 2014

Edgar Izarelli - Sarau Juntos na Casa - Edição:Março 2014





Performance poética de Edgar Izarelli de Oliveira



Textos:



"Maria Maria" (trecho. Milton Nascimento. Interpretada por Lua Rodrigues)



"Arte, Mulher Madura" (Edgar Izarelli)



"Aviso da Lua que Menstrua" (Elisa Lucinda)



"Minha Sereia"(trecho. Edu Lobo)



"Uma Coisa Sobre a Qual Todos Deveriam Pensar" (trecho. Edgar Izarelli)



"Man, I Feel like a Woman" (trecho. Robert John "Mutt" Lange e Shanya Twain)



"O Papel do Poeta" (Edgar Izarelli)

Este vídeo está no NOSSO CANAL

PS: Hoje estaremos neste evento :

Fui convidado pelo Saulo, um grande amigo que há muito não vejo. Traremos o FeedBack pra partilhar com nossos leitores!

Abraços
                           Edgar Izarelli

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Apresentação de Edgar Izarelli no Sarau da Educação e Cultura- Osasco





Poesias interpretadas:


"Arte, Mulher Madura" - Edgar Izarelli de Oliveira

"Se Eu Fosse Mulher" - Irael Luziano

"Aviso da Lua que Menstrua" - Elisa Lucinda 



Por favor, sintam-se a vontade para comentar.


Para apresentações, entrem contato.


edelua.artes@gmail.com