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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sobre minha nova performance.

Bom dia, galera!

Hoje falarei um pouco sobre um novo trabalho poético-teatral que estou desenvolvendo com a ajuda da Lua. Ainda não tem título, mas creio que até fim da postagem eu consiga dar-lhe nome.  A performance ainda está aberta e, por hora, contém 4 textos de minha autoria, durando, na íntegra, 25 minutos. É o que chamo de micro-monólogo. 

O processo de criação desta performance está sendo uma delícia, pois, mescla uma quantidade inimaginável de novas descobertas, tanto no que é tocante toda a parte de evolução artística, quanto no que tange a parte pessoal. Para mim, está sendo importantíssima esta nova performance, considero-a uma quebra de tabu.

Bom, tentarei verbalizar um pouco todo o processo que fiz até o presente momento. Claro que, como a maioria parte das minhas criações, está teve suas origens em processos pessoais e devaneios artísticos, por isso talvez eu não possa exprimir tudo o que fiz. Alias, dizer que eu “FIZ” me parece até arrogância de minha parte, considerando que a primeira parte deste trabalho é oriunda da necessidade de expressar o que eu estava sentindo no decorrer de uma crise existencial, já recorrente para mim, mas nunca descrita da forma descrevi nessa performance. Tal processo psicológico é decorrente de uma sensação de incapacidade devido a minha condição física, que limita em muitos aspectos da minha vida e me condiciona a depender de outrem para coisas cotidianas.

 Só consigo falar disso abertamente graças à representação artística que consegui extrair da última crise que tive. Falando francamente, sempre tive vontade de escrever algo desse tipo, mas esse desejo sempre foi reprimido, silenciado, inibido pelas minhas próprias convicções artísticas. Desde que me assumi poeta, a linha de trabalho que sempre procurei seguir é basicamente “expressar meus sentimentos, de forma particular, sim, mas que qualquer pessoa possa se identificar”. Em outros termos, escrevo para que as pessoas possam sentir que mais alguém se sente como elas. Falar da minha condição física e de como me sinto em relação a ela sempre me pareceu um tema pessoal demais se comparados aos meus temas favoritos: amor, relacionamentos e arte. Inclusive, quando era mais novo, uma pessoa perguntou por que eu não escrevia sobre a minha deficiência respondi poeticamente com uma poesia chamada “De porque eu sou romântico” falando de tudo o que eu poderia falar e não falava porque não era meu ideal artístico. Claro que evolui muito desde então, mas, mesmo assim, consegui romper o tabu de falar sobre sexo em cena antes de escrever algo politicamente incorreto, mas sentimentalmente exato sobre a minha condição.

Só pude vencer ambos os tabus graças a diversas experiências artísticas desde a parceria com Takumi Matos, passando pelo Co-Mídia Dell’Arte (grupo que originou a EdLua.Artes) e chegando ao apoio da minha amada Lua, que me incentiva a buscar inovações e ousadias através das experiências pessoais que vivemos.

Voltando à performance. O texto que rompeu com o tabu se chama “Escafandro em Curto Circuito” e foi escrito no final de agosto. Dei este nome, por causa da referência cinematográfica “O Escafandro e a Borboleta”.

Professora Maria Lúcia Lopes do Prado,
Uma supervisora e
 Professor Marcos Rodrigo da Rosa  
A oportunidade e a ideia de apresentá-lo de forma cênica me vieram quando meu ex-professor Marcos Rodrigo da Rosa (reencontramo-nos num sarau no primeiro semestre) me convidou a fazer uma intervenção artística num evento da Diretoria Regional de Ensino do Campo Limpo, onde ele trabalha, no dia 9/10. Decidi levar algo chocante e que pudesse mostrar como se sente de verdade uma pessoa com alguma limitação, no meu caso, motora, sendo tratada como incapaz e, ao mesmo tempo, fosse algo desafiante para mim. Para tal apresentação juntei três poesias (“Olha pra Gente”, “Escafandro em Curto Circuito” e “A Caixinha Mágica”) e uma inovação recente que acrescentei a minha atuação durante uma noite em que havia faltado eletricidade em casa: a luz de uma lanterna com opção de foco ou iluminação ambiente.

Minha mãe, professora Laura e eu!
A apresentação foi muito apreciada e elogiada, fiquei eu mesmo satisfeito com o resultado. A junção das três poesias ficou quase perfeita, a luz da lanterna deu um impacto mais profundo à representação.

Abaixo, um depoimento do Rodrigo sobre a performance e sobre o livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”.

"Você esteve demais, cara! Arrebentou!
 
Minha diretora achou você, além de espetacular, bastante ácido. Ela gosta disso.
 
Os Supervisores também apreciaram muito. Alguns disseram que foi o momento mais poético e sensível que a Diretoria Regional presenciou.
 
Logo vamos enviar as fotos e postar o video no youtube.

Quanto a sua poesia, cara, que foda! Que estrondo!
 
O poema "Entre a Resiliência e a Obsessão" revela um cuidado com a palavra, uma investigação profunda dos sentimentos do ser;
particularmente, revelou-me a mim mesmo.
O ponto fraco de sua poesia talvez seja as excessivas enumerações, como escreveu Borges, certa vez. Mas mesmo as enumerações não me desagradam. Elas são obsessivas. Como tende a ser o nosso pensamento. 
 
Abraços"

Marcos Rodrigo da Rosa
 





Duas semanas depois da apresentação na DRE, já tinha marcada, para o dia 28/10, a apresentação da mesma performance, na escola M’Boi I, a convite da supervisora Simone.

Para a segunda apresentação, já levei algo a mais, o texto contava com a inclusão de mais uma poesia, a “Sobre as Palmas que Vocês NÃO Vão me Dar”, para arrematar o lado artístico, já estou pensando em melhorias cênicas. Novamente muito bem aceita e recebendo ótimas críticas. 





Vídeo de um trecho da performance, gravado no Sarau da Educação e Cultura, dia 18/10:    





A apresentação na DRE ainda m e valeu uma entrevista feita pela Professora Maria Lúcia Lopes do Prado. Em breve a postarei aqui, no EdLua.Artes.

Sobre o título da performance, decidi batizá-la de “O Brilho de uma Alma”    

A performance pode ser apresentada para professores e familiares destas pessoas e para elas próprias, como forma de incentivo à evolução.

Gratidão imensa a todos os que foram citados, especialmente ao Rodrigo pela oportunidade e por me abrir tantas portas!!!

Um abraço

Contatos: edelua.artes@gmail.com ou eioc77@hotmail.com    


Edgar Izarelli de Oliveira

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Crítica sobre "O Ogro e a Tecelã" da Guerreira Xue por Edgar Izarelli


Bom dia, gente!

Tive a ideia de começar a fazer críticas dos livros de autores, principalmente os contemporâneos; mas farei também de autores consagrados. É uma maneira riquíssima de divulgar a literatura e ajudar alguns colegas de profissão, tudo isto enquanto me aprimoro, pois, para mim, ler é pesquisa de campo!      

Hoje, farei uma breve crítica literária do livro “O Ogro e a Tecelã” da Guerreira Xue.
 
Sobre a autora (já a citei neste blog, provavelmente com seu verdadeiro nome, Hilda Milk), conhecemo-na, a Lua e eu, durante a Bienal do Livro. Figura simpática e bastante extrovertida, conversou conosco durante cerca de uma hora, compartilhando conhecimentos e contatos. Ela administra o blog Escritores Sem Fronteiras (1 e 2) e também o grupo no facebook de mesmo nome, onde os escritores partilham contos, poesias, links interessantes, enfim, uma vasta gama de material para quem aprecia a arte da literatura. Vele a pena conferir! (links do final do texto)

Dias depois, nos encontramos novamente e trocamos nossos livros. Acabei a leitura do livro “O Ogro e a Tecelã” alguns dias atrás e estava me dando o tempo certo de sua digestão antes de escrever o presente artigo.

Em linhas gerais, a obra é um livro de contos infanto-juvenis de variadas linhagens genealógicas, quase sempre apresentando características marcantes dos contos-de-fada, o que me deu, em determinadas ocasiões, a sensação de uma releitura de contos já consagrados. Entretanto, contém uma narrativa primária que encadeia as demais, seguindo, basicamente, a mesma linha de raciocínio do famoso texto árabe “As Mil e Uma Noites”. Não sei dizer se tal semelhança foi intencional, mas confesso-me deveras inclinado a acreditar nesta premissa.

Uma outra característica que me chamou demasiadamente a atenção foi o amplo vocabulário utilizado no decorrer de todo o livro, o que foi um tanto surpreendente, artisticamente falando, pois foge à regra básica para literatura infantil, uma vez que não considera a criança incapaz de compreender verbetes requintados da nossa língua. Fico em dúvida de afirmar categoricamente que o uso deste alto calão linguístico seja totalmente deliberado, visando, por exemplo, uma brusca revitalização da norma culta em nossa juventude (processo realmente necessário); é preciso considerar a hipótese de ser natural tal linguagem à autora. No entanto, me parece seguro afirmar que, profissionalmente, usar este vocabulário é um risco que só é assumido, na literatura, por quem realmente a língua; claro, levando-se em consideração o escasso conhecimento que o nosso povo tem da norma culta. Este recurso não atrapalhou, a meu ver, que se mantivesse a oralidade das histórias, mesmo por que ficou evidentemente notória a preocupação da autora em conservar a tradição de se contar histórias para as crianças antes de dormir.

Guerreira Xue, Ed e Lua
Além disto, a maioria das histórias narradas é baseada numa literatura considerada nova, onde os antagonistas têm sempre uma razão e/ou uma personalidade que justificam seus atos. Entretanto, a maioria dos contos presentes neste livro não tem exatamente a figura antagonista clássica, apresentando, muitas vezes, uma situação-problema em seu lugar. É interessante, pois isso propícia a formação do senso crítico, habilidade que é ainda mais incentivada pela própria divisão do livro em uma narrativa primária durante a qual os contos são contados.

Para que todos entendam, a narrativa primária apresenta um menino de dez anos de idade chamado Guga, ele é filho de uma escritora e pergunta a mãe se ela sabe contar histórias. A mãe responde que ela própria escreve histórias e começa contá-las uma por noite.
Devido a esta constituição narrativa, a autora consegue registrar não só os contos em si, mas, entre eles, também registra a reação do garoto, seus questionamentos e impressões sobre os contos que a mãe narra. É uma característica marcante do livro e pode funcionar como um ponto de partida pra uma discussão mais profunda.

O livro contém seis histórias:

O Ogro e a Tecelã – Uma história que mescla muito bem todos os elementos de um suspense. Um ogro, uma tecelã, uma bruxa, uma mãe louca, um filho desaparecido e um marido cauteloso, em um reino que esconde algum segredo.

A Viola Encantada – As aventuras de Zózimo, o pequeno elfo, parece metaforizar, na minha interpretação, um programa assistencialista ideal e certamente faz ao transformador da arte na sociedade.

Água de Chuva (Amanari) – uma emocionante história de amor dos povos indígenas que mostra o ciclo perene da vida como o ciclo das águas.

A Rata e o Dragão – É um conto escrito em grupo. Para mim, se assemelha a uma releitura do clássico “o Leão e o Rato”. O texto apresenta várias reviravoltas interessantes.

Acorda, Catarina (meu favorito) – Uma moça intuitiva é taxada de louca por um comportamento e uma certeza peculiar. A cidade inteira zomba dela, mas ela mantém o hábito. Até que um acontecimento decorrente de sua mania muda toda a sua vida.

Natal com Jesus (na minha opinião, o mais surpreendente) – Uma menina cai num rio e é salva por um misterioso Jesus, o tipo é descrito como um mendigo. Quem é esse Jesus? É realmente inesperado o desfecho deste conto.

Novamente em linhas gerais, o livro propõe desfechos surpreendentes, rápidos (poderiam ser um pouco mais trabalhados e mais lentos, mas, considerando impacto positivo que me foi transmitido, não vejo erros na técnica escolhida) e abertos, características essas que tornam a obra uma leitura altamente estimulante e formadora de senso interpretativo e crítico. A autora claramente é dotada de um enorme talento, porém, eu gostaria muito de ler uma narrativa mais extensa e mais detalhada, feita para um público que já tenha senso crítico desenvolvido, para adolescentes ou adultos, por exemplo. Penso que seu estilo poderia ser mais bem aproveitado em coisa menos fantásticas, mas guardando sim o conceito do inesperado, como nos dois últimos contos do livro!  

Retenho-me por aqui.

Abraço!

Links: 


Edgar Izarelli.  

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Bienal - Parte 1




Boa noite, galera.

Como sabem, estivemos na 23ª Bienal Internacional do Livro, realizada no pavilhão de exposições do Anhembi de 22 a 31 de agosto. A Lua e eu estivemos por lá nos dias 22, 23 e 24 e o resultado, conforme dito no post anterior (publicado no dia 24), está sendo muito bom. Eu esperava um bom retorno, por isso, tracei uma boa estratégia. Já tinha uma experiência na bienal de 2012, com meu livro “Infinitivos – Onde Tudo é Possível”, mas foi uma participação restrita a apenas uma tarde. Dessa vez, utilizei o conhecimento adquirido na última oportunidade para maximizar nossas ações. Claro que a Lua é minha maior motivação, sem ela não teria feito o livro. No entanto, a parte interessante de uma ida mais organizada a esse evento não é propriamente a motivação, mas as percepções que ocorrem no decorrer do tempo. Estou aproveitando para estudar várias coisas referentes à diversidade artística que nós praticamos.
 
Aí vocês me perguntam: o que tanto se pode estudar num evento que é voltado para livros?  

Na bienal, há diversos tipos de público, o que permite um mapeamento de que público estamos atingindo. Estou bem surpreso com este resultado, esperava um público mais jovem e mais “unissex”. Entretanto, não é de todo espantoso que, em se tratando de uma leitura tão psicológica do fenômeno amoroso quanto a que é ofertada por “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”, seja preciso certa maturidade e certas reflexões que muitas vezes só são feitas a partir da vida adulta; mesmo assim, acreditava que, por se tratar de uma leitura masculina, atrairia mais homens do que tem atraído.  Neste sentido, “Infinitivos” é mais abrangente.

Um outro estudo que venho fazendo é quanto à abordagem às pessoas, é quase uma ciência exata! Muitos autores não tomam essa estratégia de abordagem ao público. É realmente bem difícil. Ficar na mesa não dá lucro financeiro, mas garante a atenção de quem se aproxima pra conhecer a obra. A estratégia de abordagem requer ousadia e precisão. A informação tem de ser passada de maneira precisa e rápida para que desperte o interesse, todavia, não pode ser algo muito superficial ou demasiado vago, pois, se o for, dificilmente o possível leitor se assegurar de que está falando com o profissional que criou aquela obra. Achar esse equilíbrio de discurso e saber variá-lo de acordo com o que a pessoa apresenta é uma árdua tarefa.

Para tornar a tarefa ainda mais interessante, o público varia muito de acordo com a hora e com o dia. Por exemplo: Na sexta, dia 22, eu esperava uma casa mais cheia, visto que era o dia de abertura; porém, só estavam presentes alguns representantes das editoras, alguns autores e, conforme a noite caia, alguns professores chegaram. Foi um dia pra conversar com pessoas da área. Conhecemos uma autora de livros infantis, Hilda Milk, que nos ofereceu um espaço em seu grupo no facebook “Escritores Sem Fronteiras”. Fica a dica para quem gosta de ler e para quem gosta de escrever. Ela também mantém um blog coletivo de mesmo nome. Deixarei o link na nossa lista Blogs Interessantes para quem quiser conhecer.  

No sábado, 23, o público lotou o espaço da bienal. Dava pra notar que eram pessoas culturalmente formadas e portadoras de um senso crítico apurado. Realmente se interessavam em ouvir o que dizíamos sobre o livro e sobre nosso trabalho artístico.

Já no domingo, 24, me pareceu um público mais estudantil e, em sua maior parte, culturalmente mais desfavorecido. Certas situações que, por hora, prefiro não citar, me incomodaram a ponto de me inspirarem algumas crônicas ou futuros contos. Aguardem, virão coisas boas por aí!

Por causa do sucesso, a Lua e eu decidimos aumentar mais um dia na nossa programação. Estaremos na Bienal nos dias 28, 29, 30 e 31, sempre a partir das 15 horas (se o transito permitir). Quem quiser nos encontrar, procure no estande da All Print Editora, Rua H nº370.

Forte abraço!



Edgar Izarelli

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Sarau da Serra

Galera, acabo de chegar do Sarau da Serra.

Acho incrível como os poetas de Itapecerica conseguem manter laços com a prefeitura sem perder a liberdade de expressão. Força do Coletivo, infelizmente falta isso no Embu e em tantas outras localidades.

 Esse sarau tem uma média de publico muito variável. Hoje foi um ótimo dia, casa cheia. Mas, creio que o melhor desse sarau foi rever velhos amigos.

 Troquei muitas figurinhas literárias com Ari Mascarenhas. Falamos sobre dificuldades em se escrever romances, sobre nossas novas criações poéticas e ele elogiou muito a minha performance de hoje. Tenho me dedicado a escrever recriações das letras do Renato Russo. Já tinha a "Hoje em dia" retirada de "Há Tempos" e, hoje, conclui um trabalho dificílimo tendo como base a canção "Índios". à minha recreação dei o nome de "Humanos". Acho um trabalho muito divertido de fazer e apresentar.
Reencontrei também Karina, Lobby, Kaique e a Karen, que me apresentou o Sérgio Gazal. Ari, Karen, Karina e Sérgio, espero que apreciem o livro e aguardo ansiosamente os comentários de vocês.

arau teve poesia, música. Nego Blues mandando bem no Blues! Os poetas das mais variadas vertentes declamando suas poesias, todas maravilhosas! Chico Urcine contou uma de suas crônicas sobre a justiça, que foi genial! Infelizmente, guardei mais a impressão do que propriamente a história, por isso não posso reportá-la aqui, mas falava sobre como a justiça pode ser enganada pelo poder de um bom discurso que se apropria das brechas na lei para conseguir que o errado pareça certo. Minha mãe, Denise Oliveira, dançou dança cigana. Teve ainda viola caipira e banda de reggae. Saraus diversificados atraem pessoas diversificadas com propostas diversificadas. Recebi convite para sarau no Centro Cultural Vergueiro. Mavot, obrigado pelo convite. Estou muito afim de ir!    

Infelizmente, não levei a máquina, mas acabei de receber a foto tirada por Geovana Piassa que mostra a mim falando sobre o livro. Agradeço a foto, Geovana!





Detalhe: Estava trajando uma roupa que eu mesmo criei!


Ah, galera, quem puder e quiser mandar depoimento pra gente colocar no blog, é só mandar um e-mail para edelua.artes@gmail.com como o assunto "Depoimento"! Ajudem-nos a construir nosso blog! 

Abraços

Ed

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Feedback Sarau de Lançamento de "Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão"

"Galera,

Gostaria de agradecer a todos os que compareceram, na noite linda de 26/7, ao sarau de lançamento do livro e á exposição da Lua, que, por sinal, foi muito elogiada! Inclusive, Eu levava no corpo uma obra de arte assinada por minha amada Lua, uma camiseta estilizada feita por ela na manhã daquele dia! Realmente, estava me sentindo um artigo de arte. E foi maravilhoso ver a Lua feliz com o evento! Foi realmente mágico! Os olhos dela não paravam de brilhar! Para mim, nada vale mais que um sorriso da Lua! O evento valeu a pena só de perceber a felicidade dela em ver sua arte sendo contemplada, valorizada e reconhecida! Amor, teremos muitos mais durante toda vida!

Tivemos muitas surpresas, a maior de todas talvez tenha sido a chegada do nosso amigo Takumi Matos! É Sempre bom poder contar com os amigos verdadeiros que fazem todo possível pra estar conosco nos momentos importantes. Takumi certamente é meu grande amigo, sempre empenhado nas mesmas lutas e, embora estejamos distantes por questões profissionais, é sempre bom escutá-lo recitar suas poesias! Só os clássicos! Pena que não deu pra fazer o nosso “Diálogo Poético”, fica pra próxima...
       
      Rever gente importante pra gente, reencontrar amigos que há tempos não víamos é sempre uma constante deliciosa nesses eventos. Revi tanta gente neste sábado... Uma das minhas ex-alunas da Oficina “Sentido Literário”, a Juliana Cruz, estava lá, sinto muita falta dos tempos de oficina, queria ter revisto a turma toda!
Outros amigos vieram de São Paulo pra prestigiar nosso evento! Valeu Lucas Scandura, pela força de vir!
            O sarau também foi digno de grandes aplausos! As bandas Lyllith Cartola’s Band e Pensamentos Libertinos abrilhantaram a abertura do sarau que teve muita poesia, muita dança e muito teatro com Emerson Santana e Takumi Matos apresentando seus combos poéticos. Gil Filipe declamando poesia. As meninas do Grupo Arte do Deserto apresentando a coreografia “Chama da Vida”, Nego Blue tocando blues! Renato Gonda falando um trecho do prefácio que fez pro meu livro! Doolunay Mooinaa improvisando sua dança ao som do violão de seu marido Ricardo! Viviane e Andréa Neres apresentaram uma performance teatral. Teve até uma improvisação de Didgeridoo da Karina Barbosa com poesia de Cordel de Tin Tin Alves. Agradecemos a todos a participação no sarau e pedimos desculpas aqueles que não puderam se apresentar. 

             Honestamente, achei que nosso sarau conquistaria e cativaria o público da choperia, porém, é difícil chegar com uma proposta nova, quebrar uma expectativa pré-existente e ainda assim conquistar a paciência e o apreço de quem pertence a outro núcleo cultural. Era um risco a se correr. Mesmo assim, considero o evento um sucesso! Conseguimos um pouco de atenção de pessoas desconhecidas e tivemos a oportunidade de tocar corações com algo novo pra eles. 
             
            Agradecemos imensamente a abertura que Choperia concedeu a nós! Obrigado BierGarten!

Ainda dentro do sarau, a Lua e eu fizemos nossa performance “Espelho”, que foi bem apreciada e recebeu ótimos elogios de nossos amigos! Foi maravilhoso!
Lua e eu certamente montaremos um outro evento para quem não pode ir a este. O próximo será num lugar pertencente à comunidade artística da cidade! Esperamos velos novamente em breve!
Claro que deixamos os convites de onde formos tanto aqui, no EdLua.Artes,  quanto na fanpage do livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”. Falando em convites já tenho uma fazer. Fomos convidados para fazer um lançamento no Sarau CorpOralMente. É esse sábado, dia 2/8, a partir das 15:30. Deixo aqui o flyer do evento.  
PS: Ainda não tenho em mãos as fotos e vídeos oficiais do evento. Por hora posto um vídeo da performance “Espelho”, gravado pela mãe da Lua, Solange Souza e uma foto nossa tirada pela tia da Lua, Rosangela Silva.Galera,

Gostaria de agradecer a todos os que compareceram, na noite linda de 26/7, ao sarau de lançamento do livro e á exposição da Lua, que, por sinal, foi muito elogiada! Inclusive, Eu levava no corpo uma obra de arte assinada por minha amada Lua, uma camiseta estilizada feita por ela na manhã daquele dia! Realmente, estava me sentindo um artigo de arte. E foi maravilhoso ver a Lua feliz com o evento! Foi realmente mágico! Os olhos dela não paravam de brilhar! Para mim, nada vale mais que um sorriso da Lua! O evento valeu a pena só de perceber a felicidade dela em ver sua arte sendo contemplada, valorizada e reconhecida! Amor, teremos muitos mais durante toda vida!

Tivemos muitas surpresas, a maior de todas talvez tenha sido a chegada do nosso amigo Takumi Matos! É Sempre bom poder contar com os amigos verdadeiros que fazem todo possível pra estar conosco nos momentos importantes. Takumi certamente é meu grande amigo, sempre empenhado nas mesmas lutas e, embora estejamos distantes por questões profissionais, é sempre bom escutá-lo recitar suas poesias! Só os clássicos! Pena que não deu pra fazer o nosso “Diálogo Poético”, fica pra próxima...
             Rever gente importante pra gente, reencontrar amigos que há tempos não víamos é sempre uma constante deliciosa nesses eventos. Revi tanta gente neste sábado... Uma das minhas ex-alunas da Oficina “Sentido Literário”, a Juliana Cruz, estava lá, sinto muita falta dos tempos de oficina, queria ter revisto a turma toda!
Outros amigos vieram de São Paulo pra prestigiar nosso evento! Valeu Lucas Scandura, pela força de vir!
            O sarau também foi digno de grandes aplausos! As bandas Lyllith Cartola’s Band e Pensamentos Libertinos abrilhantaram a abertura do sarau que teve muita poesia, muita dança e muito teatro com Emerson Santana e Takumi Matos apresentando seus combos poéticos. Gil Filipe declamando poesia. As meninas do Grupo Arte do Deserto apresentando a coreografia “Chama da Vida”, Nego Blue tocando blues! Renato Gonda falando um trecho do prefácio que fez pro meu livro! Doolunay Mooinaa improvisando sua dança ao som do violão de seu marido Ricardo! Viviane e Andréa Neres apresentaram uma performance teatral. Teve até uma improvisação de Didgeridoo da Karina Barbossa com poesia de Cordel de Tin Tin Alves. Agradecemos a todos a participação no sarau e pedimos desculpas aqueles que não puderam se apresentar. Honestamente, achei que nosso sarau conquistaria e cativaria o público da choperia, porém, é difícil chegar com uma proposta nova, quebrar uma expectativa pré-existente e ainda assim conquistar a paciência e o apreço de quem pertence a outro núcleo cultural. Era um risco a se correr. Mesmo assim, considero o evento um sucesso! Conseguimos um pouco de atenção de pessoas desconhecidas e tivemos a oportunidade de tocar corações com algo novo pra eles. Agradecemos imensamente a abertura que Choperia concedeu a nós! Obrigado BierGarten!
Ainda dentro do sarau, a Lua e eu fizemos nossa performance “Espelho”, que foi bem apreciada e recebeu ótimos elogios de nossos amigos! Foi maravilhoso!
Lua e eu certamente montaremos um outro evento para quem não pode ir a este. O próximo será num lugar pertencente à comunidade artística da cidade! Esperamos velos novamente em breve!
Claro que deixamos os convites de onde formos tanto aqui, no EdLua.Artes,  quanto na fanpage do livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”. Falando em convites já tenho uma fazer. Fomos convidados para fazer um lançamento no Sarau CorpOralMente. É esse sábado, dia 2/8, a partir das 15:30. Deixo aqui o flyer do evento.
Abraços"

Edgar Izarelli 



   
PS: Ainda não tenho em mãos as fotos e vídeos oficiais do evento. Por hora posto um vídeo da performance “Espelho”, gravado pela mãe da Lua, Solange Souza e uma foto nossa tirada pela tia da Lua, Rosângela Silva. 

EdLua 




"Espelho" - EdLua.Artes  

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Invasão de Embu em Osasco!!

Galera!!! Farei o feedbak do Sarau da Educação e Cultura de Osasco, sozinho, dessa vez, por que a
Lua está trabalhando em suas obras para exposição do nosso lançamento. Estamos super 
empolgados! Preparando a apresentação da performance “Espelho”, também! 
AH, saiu a programação do lançamento!! Ficou assim: 17:00 - Abertura com Lyllith Cartola's Band 17:30 - Banda Pensamentos Libertinos 18:00 - Sarau Aberto Esperamos todos por lá! Sábado, dia 26 de Julho, das 17:00 às 22:00 horas, na Biergarten Choperia!!! 
Endereço: Av. Professor Candido Motta Filho, 595 – Embu das Artes.


Lyllith Cartola's Band


Pensamentos Libertinos



Acabando o comercial, vamos falar de arte que o que importa nesse blog.

O Sarau da Educação e Cultura de Osasco, realizado no último sábado, dia 19 de Julho, foi invadido pelos embuenses! A culpa é minha! Comecei a frequentar o Sarau com o Tak. Depois levamos o Guidival Amaro, melhor guitarrista que conheço, fazíamos parte da Ode Experimental, uma banda que fazia um som alternativo muito artístico. Depois, levei o grupo responsável pela união Ed & Lua, o Grupo Artístico Co-Mídia Dell’Arte, formado por Lua, Tak, Karina Barbosa (Kah) e eu. Fazíamos esquetes teatrais em tom cômico. O grupo acabou se separando, mas o EdLua sobreviveu, tanto no pessoal, quanto no profissional. Agora levei uma caravana inteira! Bom, na verdade, dessa vez, eu consegui apenas a oportunidade de uma exposição pra Lua. Ela levou seis quadros que estarão expostos no lançamento. O resto da Expedição OSASCO foi a minha mãe, Denise Oliveira, que levou. 
Tudo isto, graças ao tema do sarau que neste sábado foi “Os quatro Elementos”, tema perfeito para a exposição da Lua, para a coreografia “Chama da Vida” - dança do ventre - do Grupo Arte do Deserto da Casa de Cultura Santa Tereza, Professora Mônica Antoniolli. Tivemos também Renato Gonda declamando poesias de seu livro “Fugitivo dos Homens” e o grupo Dança Cigana da Professora Haruna, também da Casa de Cultura Santa Tereza. Ah, e vocês pensam que parou por ai? Vanessa Souza (presidente da Casa de Cultura Santa Tereza) e eu também declamamos. Lua apresentou uma poesia escrita na hora, pra apresentar sua exposição. Eu apresentei “Cumplicidade” e “Escrituras do Fogo”. Postarei o vídeo abaixo.
Além de todas essas apresentações, Fabiana Mina recitou uma poesia. Tivemos a intervenção musical de Valdir & Zizi e Chiquinho Mendes, entre outras. A bailarina Cátia Codeceira apresentou dança do ventre e explicou muito sobre os elementos que constituíram sua apresentação. Vera Lof fez uma intervenção teatral. O sarau Contou com a decoração sempre brilhante de Andréa Leão e o tradicional painel de Eduardo Rangel.

Abaixo estão as fotos do sarau e o vídeo da minha apresentação, espero que gostem!!

Exposição da Lua

Arte do Deserto 

Grupo de Dança Cigana

EdLua

Invasores de EMBU

Vera  Lof

Cátia Codeceira

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Feedback Sarau da Kambinda + Sarau Erótico Juntos na Casa, julho de 2014!

           "Galera!!!
Tenho dois saraus para partilhar com vocês hoje!
Na noite desta quinta-feira, 3 de Julho, foi celebrado o maior encontro, atualmente falando, da comunidade artística de Embu das Artes, o Sarau da Kambinda! Como sempre, o ambiente acolhedor do Teatro Popular Solano Trindade recebeu carinhosamente uma vasta gama de artistas de várias linhas, representando várias partes da cidade.
Desta vez, a banda era o Trio Paratudo, do coletivo Jazz na Kombi, mas Takumi Matos, não contente, deu uma de maestro e transformou o corpo de todo mundo em instrumento de orquestra pra tocar “O Silencio”, de Arnaldo Antunes. Acho que já está com saudade do trabalho que desenvolve com crianças, no Vagão Cultural, mas foi ótima a brincadeira. Libertou muito a criança interior de cada pessoa presente!
Os poetas também brincaram bastante, a começar pela liberdade poética de Giovani Baffô, que estava lançando seu livro “Ponte Pálpebra”.
Passando pela irreverência musical Zinho Trindade, o classicismo de Gaíga, a contemporaneidade de Emerson Santana, o maracatu de Raquel Trindade, a nossa Kambinda, e muitos outros versos que passaram cada um com sua graça e sua leveza. 
Creio que só eu levei as coisas pra um lado mais sério e dramático da arte de expressar sentimentos em palavras. Sarau da Kambinda tem aquela magia de me fazer sentir o Clima de Sarau, onde todos são amigos e o espaço é aberto à experiência. É um dos poucos lugares onde me sinto à vontade pra cometer a ousadia de estrear novas performances. Dessa vez, somado ao nervosismo natural da estreia, ainda tinha a emoção indescritível que sinto até hoje ao ler ou falar “O Oitavo Espectro da Luz”.
É... Certamente, essa poesia me remete a um momento muito marcante negativamente da minha vida. É a expressão das sensações que tive durante e após minha primeira vez... Por isso, é tão forte e exige uma interpretação ainda mais densa e entregue. Falar de sexo pode nem sempre ser fácil, mas essa poesia tinha de ganhar uma interpretação em algum momento da minha vida para que eu conseguisse expressar tudo que senti. É necessário coragem pra fazer uma poesia desse peso, demorei um mês pra conseguir fazer a verborragia poética que originou a obra final, fiquei remoendo tudo que tinha feito mil vezes antes de procurar a tela branca do meu Word. Porém escrever a poesia não me livrou totalmente daquela sensação pesada. O que me livrou totalmente daquela sensação foi ter conhecido o que sempre quis conhecer: Contato físico com partilha de sentimentos sinceros. Mas, mesmo depois de ter conhecido a Lua, eu queria fazer a performance da poesia e a minha responsabilidade artística nunca havia me permitido, até essa quinta-feira, a expressão total daquelas sensações.
Minha autocrítica da primeira vez que a fiz não é muito boa. Senti que exagerei um pouco na dramaticidade e errei algumas partes do texto. Pelo menos o público viajou comigo, então, consegui atingir meu objetivo. Já me sentia mais livre!
A emoção maior veio no Sarau Erótico do Juntos na Casa. Celebrado romanticamente à luz de velas, no dia 4 de Julho, na Casa de Cultura Sta. Tereza, o sarau foi literalmente um tesão!!! Embora, para mim, tenha sido um misto de emoções indescritíveis. Fiz, novamente, a performance “O Oitavo Espectro da Luz” que é iniciada com um trecho de “Cuori in Tempesta” (vídeo abaixo), uma das minhas músicas favoritas do cantor italiano Nek.
Dessa vez consegui dar o tom certo e não errei nenhuma palavra, para acentuar ainda mais a força da poesia, contei com a ajuda da Lua! Lua... Ela é o motivo de eu estar mais relaxado... Antes de me chamar para apresentar essa performance, ela cantou sublimemente “A História de Lily Braun”, de composição de Chico Buarque. Foi lindo! De arrepiar, Lua Rodrigues, à capela. Só a voz dela preenchendo o silêncio que havia acima das velas! Parecia que o mundo tinha parado pra ouvi-la cantar!!!
 Foi assim também com a música autoral de Thomas Sampaio e Tiago Dias, intitulada “Excitação”. Os ouvidos também pararam pra ouvir Claus Germano, Ramona e a banda Pensamentos Libertinos! Também ouviram o Luan, mas, nesse caso, acho que dividiram atenção com os olhos para apreciar a performance de dança que ele fez com sua namorada Naiara Nascimento. Eles levaram a sério a proposta de erotismo! Foi sensacional! E ainda incitaram reflexão sobre relacionamento aberto!
Falando em namorados, dança e erotismo... Lua e eu estreamos nosso novo trabalho cênico! Recém-batizada “Espelho”, nossa performance conjunta é filha do nosso amor conjugal, as poesias “Criatividade” e “Espelho Lunar“ ganharam vida no corpo da minha amada Lua e dançaram sensualmente na lira!!!  Foi emocionante!!! A representação viva daquilo que compartilhamos em cada gesto ou ato de amor!!! Chorei muito depois da nossa apresentação, um choro de felicidade por ter encontrado essa mulher que mudou a minha vida, não conseguia parar de dizer que a amava! Lua, obrigado por partilhar a vida comigo, amor!
Mesmo com o meu romantismo exacerbado, o público ainda prestigiou a apresentação de dança do ventre do Grupo Arte do Deserto. Estavam lindas e sedutoras! A dança do ventre é uma das expressões mais lindas da feminilidade, em minha opinião.  

Além das apresentações, o Sarau contou com um debate sobre sexo, no melhor  estilo “Altas Horas”, contamos a presença da psicóloga Denise Oliveira para responder  as perguntas. Vanessa Souza, presidente da Casa de Cultura, teve colocações precisas sobre a sexualidade e o comportamento social na contemporaneidade.  

É isso, galera!!!

Abraços!"


Edgar Izarelli 


"Voltei de novo e novamente, pra registrar o que aconteceu no sarau MARAVILINDO de ontem.
Um conjunto de ideias que deu super certo e foi mais que aceito, para um assunto que é tão assustador e ao mesmo tempo tão gostoso: sexo.
Tirar isso da intimidade, das quatro paredes, jogar pro mundo e traduzir em arte, ah, é mais que especial!
Ontem aconteceu uma edição diferente do nosso Sarau Juntos na Casa, foi o Sarau Erótico Juntos na casa, que, pela aceitação que teve, acredito que será um projeto contínuo e semestral.
Bom, tivemos um pouco de tudo nessa noite à luz de velas...
Começamos com apresentações musicais de talentosos amigos do movimento cultural, gratidão por somarem sempre! Agradecimento especial à queridíssima e talentosíssima banda Pensamentos Libertinos, que está na luta pela valorização da arte também, luz pra vocês meninos!!
Depois de uma dose de musicalidade, demos espaço pra poesia, sempre muito bem vinda.
Edgar fez uma performance com a poesia "O oitavo espectro da luz", emocionante, um relato sobre o lado negro dos sentimentos e da sexualidade.
Me emocionou muito e acredito que tenha emocionado outros que assistiram a apresentação, é necessário refletir, não somente se precisamos de sexo, mas se estamos com a pessoa certa e se estamos em boas condições psicológicas para que essa entrega aconteça da melhor forma possível.
Depois me pareceu que o pessoal ficou mais "avonts" pra se soltar e contar seus causos.
Tiveram relatos bastante pessoais e até um stand-up! kkkkkkkk
É ótima a reação que as pessoas têm quando podem ser o que quiserem sem medo.
Conhecemos também as profundezas sentimentais de alguns casais presentes, o que mostrou o quanto o amor pode se manifestar de maneiras diferentes, associado a liberdade e a concordância de cada casal.
O pessoal levou a sério a arte de tirar a roupa, quanto a isso, é melhor parar por aqui! HAHAHAHA
O corpo humano é lindo, artístico, não devemos nunca ter vergonha de nos mostrar, não importa a ocasião!
Um pouco mais de poesia, romântica e erótica, casais assanhadinhos e solteiros carentes buscando companhia, creio que o sarau foi bom pra eles acharem um "amô" também!
Foi bom pra todos, wee!!! :D
Ed e eu preparamos uma performance mais que especial, pra nós dois.
Uma demonstração física e textual, do quanto nos amamos e veneramos o nosso amor. Eu escolhi traduzir as palavras dele usando meu corpo, como um espelho, na minha lua (lira circense).
As duas poesias são do Ed, cada uma com uma vibe diferente, porém demonstram amor e devoção em cada letra. Eu particularmente me derreto <3.<3
Foi um misto de emoções tão incrível, que eu entrei em êxtase, só conseguia olhar nos olhos dele e nada no meu corpo doeu! Treinei uns dias e fiquei com tudo roxo, pra variar (a arte corporal é linda, mas dói).
Nós dois planejamos continuar esse trabalho conjunto que é tão maravilhoso e faz tanto bem!
Gratidão querido, por me completar na arte e na vida! Te amo!

Climinha de amorzinho pra finalizar, porque SIM!
Vem pro sarau Juntos na Casa, que tem amor!

Agradecimento especial a todos que participaram, que assistiram, se emocionaram (ou não), que fazem o movimento artístico acontecer e dar certo! E ao amor, que prevalece sempre!

Beijos de luz!"

Lua Rodrigues


Algumas Fotos dos Eventos!











Link da página no facebook da banda Pensamentos Libertinos:



quinta-feira, 3 de julho de 2014

Convites e Feedback dos Saraus do Findi

Galera, Boa Madrugada pra vocês!

Primeiramente, peço desculpas pelo nosso sumiço.  Mas á justificativa é plausível, juro!
Estamos arrumando o Evento Lançamento de “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”. Estamos acertando detalhes com o estabelecimento sobre valor de entrada (queremos entrada franca). Pretendo resolver isso ainda hoje e passar a informação a vocês o mais breve possível! Mas já convidamos a todos a virem partilhar conosco a nossa felicidade! Tragam sua arte para o nosso sarau! Criamos a Fan Page do livro no Facebook, com a ajuda da Mapache Produções, empresa dos nossos amigos Anderson Baraúna e Najara Sampaio, a quem agradeço imensamente pelo apoio (clique no título do livro para conhecer a Fan Page e ficar por dentro das novidades sobre no
ssos eventos).
Além disto, a Lua não pode me acompanhar nos últimos saraus que fui por conta de uma lesão no pé, mas se recupera bem e já está voltando ao circuito, trazendo novidades muito artísticas!   
Farei um breve Feedback dos saraus de 28 e 29 de Junho.
No dia 28, compareci, com minha mãe, Denise Oliveira, à 51ª edição do Sarau da Educação e cultura de Osasco. O tema dessa vez foi a ditadura militar. Cheio de poesias que reafirmavam a liberdade, nessa área, meu destaque fica por conta da interpretação magistral que a diretora da biblioteca municipal de Osasco, Marili Alexandre, fez do texto “Poema Sujo” de Ferreira Gullar. Me apaixonei pelo texto! Compartilho convosco!
Outro destaque do sarau foi a impressionante peça a improviso apresentada por Vera Lof, Fabiana Mina e Danny Leite. Elas reviveram uma paralisação metalúrgica em Osasco, durante a ditadura. Foi genial! De se guardar na memória!
Já no dia 29, fui, com a companhia de Takumi Matos, à festa de aniversário da Tenda Literária em Guaianases. Parabéns, Tenda, 5 ANOS, na batalha cultural! Desse Sarau trago o destaque de Lika Rosa, uma cantora e compositora muito original que utiliza genialmente a expressão teatral! É uma linda apresentação, de arrepiar!!! Assim como foi de arrepiar a apresentação do conjunto Juntas na Luta. Elas fizeram três raps, sendo dois autorais, sobre vários tipos de agressão sexual. O que transformou o sarau num sarau erótico e muito crítico, tanto no que diz respeito a questões políticas, quanto a questões da liberdade de expressar a sexualidade. Ficou pra mim uma percepção sobre a qual quero discorrer em um outro post.
 A questão é que percebi claramente que a literatura periférica exerce, hoje, as mesmas funções que a literatura de cordel exercia, quiçá ainda exerça, no nordeste; que me remonta também à literatura clássica e as trovas da idade média.
Bom, galera, resumidamente esse foi meu final de semana cultural

Hoje, mais tarde, tem Sarau da Kambinda no Teatro Popular Solano Trindade! Clique AQUI e veja o evento no facebook.

E amanhã, dia 4, pra quem tiver afim de algo mais cultural do que o jogo da copa, vai ter Sarau Erótico do Juntos na Casa!!! Casa de Cultura Santa Tereza. Clique AQUI e saiba detalhes! A Lua e eu estaremos lá.  E, claro, postaremos o feedback aqui!

Abraços


Edgar Izarelli


Ferreira Gullar - Poema Sujo




Lika Rosa - Bicho da Cidade

terça-feira, 17 de junho de 2014

Feedback do Sarau Em Cantos e Versos (com videos e fotos)










"Galera!

Na noite de Sábado, estivemos, o Takumi, a Lua e eu, na 1ª edição do Sarau Em Cantos e Versos, realizado na BibliASPA (clique parta conhecer o site da BibliASPA), ao qual fomos convidados por um amigo meu, o Saulo César Paulino Silva.
Tive a felicidade de conhecê-lo em um sarau que acontecia regularmente no Embu Plaza Shopping, por iniciativa de Gerson Ruy Simões Costa. Muitos dos artistas meus companheiros tinham e, receio, ainda tenham um bloqueio para sarau em shopping. Eu, no entanto, achava maravilhosa a oportunidade quebrar a barreira que existe entre o capitalismo consumista e o estilo de vida que a maioria dos artistas leva. Ver a arte invadir esse espaço, mesmo que não tivéssemos tanto público, era, de fato, uma possibilidade de despertar o interesse, por parte da população, na produção artística que acontece na cidade que leva o nome de Embu das ARTES, mas onde poucas pessoas sabem sequer o nome dos artistas residentes. Há uma distância enorme entre o povo da cidade e a comunidade artística que nela habita e, pra quem convive nos dois mundos, como eu, torna-se evidente que a iniciativa de aproximação deve vir da esfera artística. Por isso, durante o tempo que pude, apoiei o Sarau do Varal; era uma tentativa ousada fazer essa aproximação tão necessária para os dois grupos. Continuo apoiando qualquer coisa que faça a arte sair do núcleo de criação e se aproximar de novo do povo.
Lá, no Sarau do Varal, fiz alguns amigos como Diógenes Correa e o Saulo. Saulo sempre se lembra de me convidar para saraus em São Paulo.
O Sarau Em Cantos e Versos foi uma espécie de confraternização artística, não se parecendo muito com outros saraus de mais tradição. É um estilo diferente, com um ritmo mais lento, aberto a longos discursos sobre a vida, à partilha de experiências; tanto que chega a ser quase terapêutico. Embora todo sarau seja uma atividade terapêutica, pois se trata essencialmente de contato humano num espaço em que o experimentar é permitido, alguns saraus oferecem um clima mais agressivo, mais político, outros são mais voltados para especialistas na arte; e outros, bem mais raros, sendo, geralmente, os que estão em processo de formação, são mais humanos, oferecendo um ambiente mais acolhedor.  
Confesso que a quebra do ritmo habitual dos saraus dos quais geralmente participo me deixou meio impaciente no início. Porém, depois que a mente se adaptou, ficou muito gostoso! O ambiente era perfeito para o clima de amistoso, o piso de madeira com certeza contribuiu para a sensação de acolhimento, mas o fundamental foi a vontade e a intensidade da partilha que houve. Histórias de vida foram abertas e puderam ser vistas sendo expostas.
Oswaldo Camargo compartilhou, por exemplo, história que viveu com Solano Trindade e Lygia Fagundes Telles, incrível conhecer pessoas que conviveram com ídolos da literatura! Oswaldo ainda declamou poesias de poetas negros junto de Neide Almeida e, de quebra, ainda me incitou a uma reflexão interessante: O único papel do poeta/escritor é escrever bem (?).
Mais incrível ainda sentir a abertura que é permitida em saraus com clima amistoso! Sentir, por exemplo, o amor que há entre um casal...  Me emocionei muito quando Sandra Paulino leu um texto que falava da história de seu encontro com Saulo. Ou sentir novamente a magia dos saraus se espalhar pelos corações de quem está participando pela primeira vez! É mágico!
Também foi magnífico assistir o Teatro de Barros (Clique para conhecer mais sobre este projeto na fanpage do Facebook) fazer uma intervenção sobre Manoel de Barros. Ouvir o Saulo tocar viola caipira, e outros poetas: Adriano Queiroz, Jair Farias, Edson Feitosa que partilhou um texto de Manoel de Barros que desencadeou toda uma reflexão sobre situações de guerra e a importância do registro histórico das vítimas.
 A Lua e eu aproveitamos a oportunidade para fazer um pré-lançamento do livro “Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão”. Lua levou um quadro pra expor e despertou interesses. Só pra lembrar, quem quiser um quadro da Lua é só entrar em contato com ela pelo nosso e-mail. Além de falar um pouco sobre seus quadros e a maneira singular como gosta de trabalhar, Lua recitou uma poesia que fez ali na hora. Sensacional!
Eu fiz uma série de intervenções, mas vou destacar aqui o Diálogo Poético que faço com Takumi Matos, essa performance é um dos clássicos da minha carreira. Já apresentamo-na em diversos saraus e sempre teve boas críticas. A Lua filmou essa performance. O vídeo está abaixo.

Valeu, Gente!

Abraços!"

Edgar Izarelli







"O sarau Em Cantos e Versos aconteceu pela primeira vez (de muitas :D) na BibliASPA, biblioteca especializada em cultura/ literatura árabe, africana e sul-americana, que contém uma variedade de livros, sendo também, um espaço para exposições artísticas e intervenções culturais (o endereço e o site estarão indicados no fim do texto).
O sarau foi bastante acolhedor, encantador (rs), com clima terapêutico e de amizade. Todos presentes se apresentaram e se sentiram à vontade para se expressar.
Senti um clima intenso de encontros, como se praticamente todos se conhecessem há anos!
Houve uma ênfase especial em poesia negra e brasileira, ouvimos Solano Trindade pela boca de interpretes incríveis e também Manoel de Barros, que recebeu uma homenagem especial do projeto (magnífico***) Teatro de Barros. Se trata de um projeto de ocupação dos espaços públicos, fazendo experiências cênicas com poesias e textos de Manoel de Barros.
Levei uma obra minha da qual tenho muito apego, pintura de tinta óleo e acrílica sob madeira.
Me identifiquei muito com a galera, nos receberam super bem e fizeram com que a partilha fosse natural.
Fiz leitura dramática de duas poesias minhas, uma eu escrevi por ali no sarau, enquanto ouvia o som mais que inspirador da modinha de viola.
Fazia um bom tempo que não tinha impulsos poéticos desse tipo, mas quando acontecem, são extremamente bem vindos!! :)
Como o Ed já tratou de mencionar a grande parte das apresentações, vou falar um pouco sobre a emoção. (kk)
Tratamos um pouco de política, um tema que mastigamos sempre que possível e sempre que impossível também. A importância da crítica é indiscutível (critiquem).
A poesia de raiz braSileira me encanta, é atemporal, a exclusão e o pré-conceito, são presentes até hoje e deixam marcas na vida de muita gente. Claro que em menor número, BUT, acontece. Enquanto acontecer é de se preocupar.
O descaso com a classe trabalhadora, classe (CDEFGH), são muitos rótulos.
Nada disso faz de alguém mais gente ou menos gente, não é a cor que deve ser parâmetro para desigualdade, isso serve para religião, opção sexual e tantos outros padrões.
Como eu ouvi um dia, numa entrevista com o GENIAL Criollo (doido): Nossa gente é A, A+!
E a simplicidade das coisas boas, que é o que não nos falta, poesia singela, com grandes intenções...
Fizemos pré-lançamento do nosso filho/livro, Porta Encostada: Lembrando que acontecerá lançamento em breve, com uma exposição de algumas obras minhas!
Fica a dica: Sarau Em Cantos e Versos, na BibliASPA.

Beijos de Luz"

Lua Rodrigues

Vídeos:
Vídeo-poesia do poema Casa Arrumada, de Carlos Drummond de Andrade.
Lázaro Ramos e Criollo discutem questões sociais em entrevista.
Documentário sobre Manoel de Barros: Só Dez Por Cento é Mentira.



Algumas Fotos do Evento  



Lua, Takumi e Edgar


Saulo e Sandra Paulino


Neide Almeida


Takumi Matos se preparando pra atuar!


Lua, Takumi, Edgar e Saulo


Takumi Matos


Oswaldo Camargo


Teatro de Barros


Saulo César Paulino Silva e Takumi Matos improvisando.


Lua e Ed         
Takumi e Edgar   

Convidados






Fotos: Denise Oliveira e Lua Rodrigues