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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sobre minha nova performance.

Bom dia, galera!

Hoje falarei um pouco sobre um novo trabalho poético-teatral que estou desenvolvendo com a ajuda da Lua. Ainda não tem título, mas creio que até fim da postagem eu consiga dar-lhe nome.  A performance ainda está aberta e, por hora, contém 4 textos de minha autoria, durando, na íntegra, 25 minutos. É o que chamo de micro-monólogo. 

O processo de criação desta performance está sendo uma delícia, pois, mescla uma quantidade inimaginável de novas descobertas, tanto no que é tocante toda a parte de evolução artística, quanto no que tange a parte pessoal. Para mim, está sendo importantíssima esta nova performance, considero-a uma quebra de tabu.

Bom, tentarei verbalizar um pouco todo o processo que fiz até o presente momento. Claro que, como a maioria parte das minhas criações, está teve suas origens em processos pessoais e devaneios artísticos, por isso talvez eu não possa exprimir tudo o que fiz. Alias, dizer que eu “FIZ” me parece até arrogância de minha parte, considerando que a primeira parte deste trabalho é oriunda da necessidade de expressar o que eu estava sentindo no decorrer de uma crise existencial, já recorrente para mim, mas nunca descrita da forma descrevi nessa performance. Tal processo psicológico é decorrente de uma sensação de incapacidade devido a minha condição física, que limita em muitos aspectos da minha vida e me condiciona a depender de outrem para coisas cotidianas.

 Só consigo falar disso abertamente graças à representação artística que consegui extrair da última crise que tive. Falando francamente, sempre tive vontade de escrever algo desse tipo, mas esse desejo sempre foi reprimido, silenciado, inibido pelas minhas próprias convicções artísticas. Desde que me assumi poeta, a linha de trabalho que sempre procurei seguir é basicamente “expressar meus sentimentos, de forma particular, sim, mas que qualquer pessoa possa se identificar”. Em outros termos, escrevo para que as pessoas possam sentir que mais alguém se sente como elas. Falar da minha condição física e de como me sinto em relação a ela sempre me pareceu um tema pessoal demais se comparados aos meus temas favoritos: amor, relacionamentos e arte. Inclusive, quando era mais novo, uma pessoa perguntou por que eu não escrevia sobre a minha deficiência respondi poeticamente com uma poesia chamada “De porque eu sou romântico” falando de tudo o que eu poderia falar e não falava porque não era meu ideal artístico. Claro que evolui muito desde então, mas, mesmo assim, consegui romper o tabu de falar sobre sexo em cena antes de escrever algo politicamente incorreto, mas sentimentalmente exato sobre a minha condição.

Só pude vencer ambos os tabus graças a diversas experiências artísticas desde a parceria com Takumi Matos, passando pelo Co-Mídia Dell’Arte (grupo que originou a EdLua.Artes) e chegando ao apoio da minha amada Lua, que me incentiva a buscar inovações e ousadias através das experiências pessoais que vivemos.

Voltando à performance. O texto que rompeu com o tabu se chama “Escafandro em Curto Circuito” e foi escrito no final de agosto. Dei este nome, por causa da referência cinematográfica “O Escafandro e a Borboleta”.

Professora Maria Lúcia Lopes do Prado,
Uma supervisora e
 Professor Marcos Rodrigo da Rosa  
A oportunidade e a ideia de apresentá-lo de forma cênica me vieram quando meu ex-professor Marcos Rodrigo da Rosa (reencontramo-nos num sarau no primeiro semestre) me convidou a fazer uma intervenção artística num evento da Diretoria Regional de Ensino do Campo Limpo, onde ele trabalha, no dia 9/10. Decidi levar algo chocante e que pudesse mostrar como se sente de verdade uma pessoa com alguma limitação, no meu caso, motora, sendo tratada como incapaz e, ao mesmo tempo, fosse algo desafiante para mim. Para tal apresentação juntei três poesias (“Olha pra Gente”, “Escafandro em Curto Circuito” e “A Caixinha Mágica”) e uma inovação recente que acrescentei a minha atuação durante uma noite em que havia faltado eletricidade em casa: a luz de uma lanterna com opção de foco ou iluminação ambiente.

Minha mãe, professora Laura e eu!
A apresentação foi muito apreciada e elogiada, fiquei eu mesmo satisfeito com o resultado. A junção das três poesias ficou quase perfeita, a luz da lanterna deu um impacto mais profundo à representação.

Abaixo, um depoimento do Rodrigo sobre a performance e sobre o livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”.

"Você esteve demais, cara! Arrebentou!
 
Minha diretora achou você, além de espetacular, bastante ácido. Ela gosta disso.
 
Os Supervisores também apreciaram muito. Alguns disseram que foi o momento mais poético e sensível que a Diretoria Regional presenciou.
 
Logo vamos enviar as fotos e postar o video no youtube.

Quanto a sua poesia, cara, que foda! Que estrondo!
 
O poema "Entre a Resiliência e a Obsessão" revela um cuidado com a palavra, uma investigação profunda dos sentimentos do ser;
particularmente, revelou-me a mim mesmo.
O ponto fraco de sua poesia talvez seja as excessivas enumerações, como escreveu Borges, certa vez. Mas mesmo as enumerações não me desagradam. Elas são obsessivas. Como tende a ser o nosso pensamento. 
 
Abraços"

Marcos Rodrigo da Rosa
 





Duas semanas depois da apresentação na DRE, já tinha marcada, para o dia 28/10, a apresentação da mesma performance, na escola M’Boi I, a convite da supervisora Simone.

Para a segunda apresentação, já levei algo a mais, o texto contava com a inclusão de mais uma poesia, a “Sobre as Palmas que Vocês NÃO Vão me Dar”, para arrematar o lado artístico, já estou pensando em melhorias cênicas. Novamente muito bem aceita e recebendo ótimas críticas. 





Vídeo de um trecho da performance, gravado no Sarau da Educação e Cultura, dia 18/10:    





A apresentação na DRE ainda m e valeu uma entrevista feita pela Professora Maria Lúcia Lopes do Prado. Em breve a postarei aqui, no EdLua.Artes.

Sobre o título da performance, decidi batizá-la de “O Brilho de uma Alma”    

A performance pode ser apresentada para professores e familiares destas pessoas e para elas próprias, como forma de incentivo à evolução.

Gratidão imensa a todos os que foram citados, especialmente ao Rodrigo pela oportunidade e por me abrir tantas portas!!!

Um abraço

Contatos: edelua.artes@gmail.com ou eioc77@hotmail.com    


Edgar Izarelli de Oliveira

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

História de Ed & Lua














Uma estrelinha me perguntou como conheci a Lua... Minha resposta naturalmente saiu acordando com as regras da escrita poética!

Estrela minha, minha menina, muitas vezes, conhecer não basta, é preciso reconhecer! E foi assim que reconheci a Lua:

Era início maio, e minha “Dama do Outono” não falha em me trazer a renovação dos ciclos. Um sarau maravilhoso nos acolhia na Casa de Cultura Santa Tereza, a deusa Poetisa me abençoava, me fazia declamar "A Caixinha Mágica" e a mágica da minha caixa pulsante era a Lua, mas ainda não o sabia.
Lua era abençoada pela Música! Brilhava esplendidamente na minha frente, como se pedisse diretamente ao meu sentimento: "Não me abandone jamais!". Eu estava inclinado para o lado errado do meu ser e, cego de mágoas anteriores, iludia-me e cobiçava uma pedra preciosa aos valores terrenos e não reconheci de imediato a deusa celeste que guiaria minhas marés. De certo, porém, algo naquela mulher já havia me cativado. Seu sorriso, seu olhar, sua voz... O abraço quente durante as manifestações do inverno daquele ano.

Levou o tempo calmo, sim, de formamos uma bela amizade até que nos reconhecêssemos almas gêmeas. Ela foi me mostrando todas as suas fases e todos os sonhos que pintava das imagens que via em seu coração. A Lua era um anjo abrindo as asas e eu a guiei no primeiro vôo. O primeiro sinal veio diretamente de seu coração, uma lembrança de alguma vida interior, cheia de simplicidade e alegria, que tínhamos, sem saber, mas querendo muito, resgatado ao nos abraçar.

Lembro-me, como se tivesse sido hoje mesmo, do nosso primeiro encontro a dois. Aconteceu por força do destino, após uma reunião sobre a conferência municipal de cultura... Pedi a ela que ficasse comigo naquela tarde, ela ficou... Eu deitado em seu colo, no banco de uma praça, a conversa transcorria leve como “um sonho de uma noite de verão” sobre a espiritualidade da natureza. A própria rainha das fadas parecia estar presente para dar as primeiras bênçãos ao casal que se formava. As estrelas brilhando sob o sol de primavera e o céu azul de Agosto davam ao local uma certa magia peculiar que nos deixava muito à vontade. Era-me então impossível não a reconhecer minha mulher, minha companheira de vida e até, quem sabe; de outras vidas! Sua beleza refletia claramente a beleza de sua alma. Aqueles cabelos cacheados ao vento, a saia longa, o sorriso calmo, olhar doce que espalhava sua prata sobre meu corpo e o coração melódico e sem pressa.

Mesmo com tantas evidências, eu ainda relutava com a ideia de estar apaixonado pela musa de todos os outros poetas. Muitas outras almas se encantavam e dedicavam á ela a poesia que me era tão amiga e tão íntima travestida em outros estilos, que, aos meus olhos, eram menos suaves, mas igualmente sinceros, ternos, belos...      

A própria rainha das fadas teve de voltar e emprestar, por um instante, toda sua elegância e divindade, à minha sacerdotisa lunar, para que eu, trajado de rei dos elfos, no epílogo de um ensaio, pudesse a reconhecer novamente e dissipar qualquer dúvida que ainda pudesse enevoar a visão perfeita do meu coração. Aquela Lua setembrina era mesmo a rainha da minha natureza!

A partir de então, e de novo, foi a estrela-guia da arte que nos aproximou, mas, dessa vez, sob ares de pretextos. Organizações de eventos, os eventos em si, um novo grupo de teatro, ideais artísticos, poesias de rua, amigos valiosos, madrugadas viradas em versos, apresentações, percepções, muitos carinhos, mútuos caminhos trilhados conjuntamente... Momentos a sós! E “a loucura é”, de fato, “a cura, se o ventre que a concebe a entende por amor!”

A decisão final ainda parecia distante, meus traumas me prendiam. No entanto, a Lua sempre soube desconsertar os muros de meu coração, demostrando com todas as suas atitudes, exatamente o que ela queria. Tão determinada e fortemente, que já me era impossível dizer não. E ainda, para completar as coisas, os ciúmes, às vezes, vêm para o bem... Não a queria roubar do mundo que ela parecia prezar, mas não podia deixá-la ir sem que soubesse dos meus mais sinceros sentimentos e fui forçado a admitir para mim mesmo e para ela que eu é que precisava desse amor! Que eu a "amo como quem espera pra nascer!"

Em resposta, outubro abriu-se com a graça um beijo de amor que me foi, verdadeiramente para mim, o primeiro! A "Cumplicidade" tão natural aos amantes, foi ainda mais natural para nós, que entendemos e apreciamos a natureza de ser natural! Com essa mesma naturalidade, nossas mãos se deram à chance de se mostrar e permanecem dadas até hoje.

Descobri, naquele instante, que é a minha missão maior refletir para a Lua a própria beleza e me tornei mar irrestritamente profundo e transparente para espelhá-la em meus olhos, em minha pele e essência.

De lá para cá, se derramaram pouco mais de 13 luas de amor na ampulheta da vida e elas acompanharam muitas escolhas, decisões, mudanças de pensamento, discussões, crises existenciais, continuidades, a confiança, a intimidade, viagens, trabalhos a dois, sucessos, medos, inovações, saudades crescentes, mandalas da Lua Cheia, chuvas de estrelas e agora a distancia está finalmente minguando...

Não nos fora sequer necessária a formalidade de pedir, já estava tudo certo para a eternidade que agora começamos a viver! Toda a nossa história registrada pelas sábias mãos da arte! Nossa poesia, toda a poesia que se exala de nosso amor, é uma imensa Luz de Prata que nos cura a alma e nos faz reverberar a força de ser espelho luminoso do amor e de todos os seus obstáculos derrubados!

Amor, minha Lua, meu sentimento por você não para de crescer e já transbordou por todas as futuras páginas da minha história. Muitos livros ainda haveremos de escrever e ilustrar, muitas performances ainda estão por se apresentar, muitas obras-primas pra criar... Mas a arte se tornou mais bela e mais palpável quando se revelou "ESPELHO" da nossa realidade! Espero poder continuar re-conhecendo você dia após dia!     


Edgar izarelli de Oliveira

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Feedback Sarau de Lançamento de "Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão"

"Galera,

Gostaria de agradecer a todos os que compareceram, na noite linda de 26/7, ao sarau de lançamento do livro e á exposição da Lua, que, por sinal, foi muito elogiada! Inclusive, Eu levava no corpo uma obra de arte assinada por minha amada Lua, uma camiseta estilizada feita por ela na manhã daquele dia! Realmente, estava me sentindo um artigo de arte. E foi maravilhoso ver a Lua feliz com o evento! Foi realmente mágico! Os olhos dela não paravam de brilhar! Para mim, nada vale mais que um sorriso da Lua! O evento valeu a pena só de perceber a felicidade dela em ver sua arte sendo contemplada, valorizada e reconhecida! Amor, teremos muitos mais durante toda vida!

Tivemos muitas surpresas, a maior de todas talvez tenha sido a chegada do nosso amigo Takumi Matos! É Sempre bom poder contar com os amigos verdadeiros que fazem todo possível pra estar conosco nos momentos importantes. Takumi certamente é meu grande amigo, sempre empenhado nas mesmas lutas e, embora estejamos distantes por questões profissionais, é sempre bom escutá-lo recitar suas poesias! Só os clássicos! Pena que não deu pra fazer o nosso “Diálogo Poético”, fica pra próxima...
       
      Rever gente importante pra gente, reencontrar amigos que há tempos não víamos é sempre uma constante deliciosa nesses eventos. Revi tanta gente neste sábado... Uma das minhas ex-alunas da Oficina “Sentido Literário”, a Juliana Cruz, estava lá, sinto muita falta dos tempos de oficina, queria ter revisto a turma toda!
Outros amigos vieram de São Paulo pra prestigiar nosso evento! Valeu Lucas Scandura, pela força de vir!
            O sarau também foi digno de grandes aplausos! As bandas Lyllith Cartola’s Band e Pensamentos Libertinos abrilhantaram a abertura do sarau que teve muita poesia, muita dança e muito teatro com Emerson Santana e Takumi Matos apresentando seus combos poéticos. Gil Filipe declamando poesia. As meninas do Grupo Arte do Deserto apresentando a coreografia “Chama da Vida”, Nego Blue tocando blues! Renato Gonda falando um trecho do prefácio que fez pro meu livro! Doolunay Mooinaa improvisando sua dança ao som do violão de seu marido Ricardo! Viviane e Andréa Neres apresentaram uma performance teatral. Teve até uma improvisação de Didgeridoo da Karina Barbosa com poesia de Cordel de Tin Tin Alves. Agradecemos a todos a participação no sarau e pedimos desculpas aqueles que não puderam se apresentar. 

             Honestamente, achei que nosso sarau conquistaria e cativaria o público da choperia, porém, é difícil chegar com uma proposta nova, quebrar uma expectativa pré-existente e ainda assim conquistar a paciência e o apreço de quem pertence a outro núcleo cultural. Era um risco a se correr. Mesmo assim, considero o evento um sucesso! Conseguimos um pouco de atenção de pessoas desconhecidas e tivemos a oportunidade de tocar corações com algo novo pra eles. 
             
            Agradecemos imensamente a abertura que Choperia concedeu a nós! Obrigado BierGarten!

Ainda dentro do sarau, a Lua e eu fizemos nossa performance “Espelho”, que foi bem apreciada e recebeu ótimos elogios de nossos amigos! Foi maravilhoso!
Lua e eu certamente montaremos um outro evento para quem não pode ir a este. O próximo será num lugar pertencente à comunidade artística da cidade! Esperamos velos novamente em breve!
Claro que deixamos os convites de onde formos tanto aqui, no EdLua.Artes,  quanto na fanpage do livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”. Falando em convites já tenho uma fazer. Fomos convidados para fazer um lançamento no Sarau CorpOralMente. É esse sábado, dia 2/8, a partir das 15:30. Deixo aqui o flyer do evento.  
PS: Ainda não tenho em mãos as fotos e vídeos oficiais do evento. Por hora posto um vídeo da performance “Espelho”, gravado pela mãe da Lua, Solange Souza e uma foto nossa tirada pela tia da Lua, Rosangela Silva.Galera,

Gostaria de agradecer a todos os que compareceram, na noite linda de 26/7, ao sarau de lançamento do livro e á exposição da Lua, que, por sinal, foi muito elogiada! Inclusive, Eu levava no corpo uma obra de arte assinada por minha amada Lua, uma camiseta estilizada feita por ela na manhã daquele dia! Realmente, estava me sentindo um artigo de arte. E foi maravilhoso ver a Lua feliz com o evento! Foi realmente mágico! Os olhos dela não paravam de brilhar! Para mim, nada vale mais que um sorriso da Lua! O evento valeu a pena só de perceber a felicidade dela em ver sua arte sendo contemplada, valorizada e reconhecida! Amor, teremos muitos mais durante toda vida!

Tivemos muitas surpresas, a maior de todas talvez tenha sido a chegada do nosso amigo Takumi Matos! É Sempre bom poder contar com os amigos verdadeiros que fazem todo possível pra estar conosco nos momentos importantes. Takumi certamente é meu grande amigo, sempre empenhado nas mesmas lutas e, embora estejamos distantes por questões profissionais, é sempre bom escutá-lo recitar suas poesias! Só os clássicos! Pena que não deu pra fazer o nosso “Diálogo Poético”, fica pra próxima...
             Rever gente importante pra gente, reencontrar amigos que há tempos não víamos é sempre uma constante deliciosa nesses eventos. Revi tanta gente neste sábado... Uma das minhas ex-alunas da Oficina “Sentido Literário”, a Juliana Cruz, estava lá, sinto muita falta dos tempos de oficina, queria ter revisto a turma toda!
Outros amigos vieram de São Paulo pra prestigiar nosso evento! Valeu Lucas Scandura, pela força de vir!
            O sarau também foi digno de grandes aplausos! As bandas Lyllith Cartola’s Band e Pensamentos Libertinos abrilhantaram a abertura do sarau que teve muita poesia, muita dança e muito teatro com Emerson Santana e Takumi Matos apresentando seus combos poéticos. Gil Filipe declamando poesia. As meninas do Grupo Arte do Deserto apresentando a coreografia “Chama da Vida”, Nego Blue tocando blues! Renato Gonda falando um trecho do prefácio que fez pro meu livro! Doolunay Mooinaa improvisando sua dança ao som do violão de seu marido Ricardo! Viviane e Andréa Neres apresentaram uma performance teatral. Teve até uma improvisação de Didgeridoo da Karina Barbossa com poesia de Cordel de Tin Tin Alves. Agradecemos a todos a participação no sarau e pedimos desculpas aqueles que não puderam se apresentar. Honestamente, achei que nosso sarau conquistaria e cativaria o público da choperia, porém, é difícil chegar com uma proposta nova, quebrar uma expectativa pré-existente e ainda assim conquistar a paciência e o apreço de quem pertence a outro núcleo cultural. Era um risco a se correr. Mesmo assim, considero o evento um sucesso! Conseguimos um pouco de atenção de pessoas desconhecidas e tivemos a oportunidade de tocar corações com algo novo pra eles. Agradecemos imensamente a abertura que Choperia concedeu a nós! Obrigado BierGarten!
Ainda dentro do sarau, a Lua e eu fizemos nossa performance “Espelho”, que foi bem apreciada e recebeu ótimos elogios de nossos amigos! Foi maravilhoso!
Lua e eu certamente montaremos um outro evento para quem não pode ir a este. O próximo será num lugar pertencente à comunidade artística da cidade! Esperamos velos novamente em breve!
Claro que deixamos os convites de onde formos tanto aqui, no EdLua.Artes,  quanto na fanpage do livro “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”. Falando em convites já tenho uma fazer. Fomos convidados para fazer um lançamento no Sarau CorpOralMente. É esse sábado, dia 2/8, a partir das 15:30. Deixo aqui o flyer do evento.
Abraços"

Edgar Izarelli 



   
PS: Ainda não tenho em mãos as fotos e vídeos oficiais do evento. Por hora posto um vídeo da performance “Espelho”, gravado pela mãe da Lua, Solange Souza e uma foto nossa tirada pela tia da Lua, Rosângela Silva. 

EdLua 




"Espelho" - EdLua.Artes  

sábado, 14 de junho de 2014

Edgar Izarelli - Sarau Juntos na Casa - Edição:Março 2014





Performance poética de Edgar Izarelli de Oliveira



Textos:



"Maria Maria" (trecho. Milton Nascimento. Interpretada por Lua Rodrigues)



"Arte, Mulher Madura" (Edgar Izarelli)



"Aviso da Lua que Menstrua" (Elisa Lucinda)



"Minha Sereia"(trecho. Edu Lobo)



"Uma Coisa Sobre a Qual Todos Deveriam Pensar" (trecho. Edgar Izarelli)



"Man, I Feel like a Woman" (trecho. Robert John "Mutt" Lange e Shanya Twain)



"O Papel do Poeta" (Edgar Izarelli)

Este vídeo está no NOSSO CANAL

PS: Hoje estaremos neste evento :

Fui convidado pelo Saulo, um grande amigo que há muito não vejo. Traremos o FeedBack pra partilhar com nossos leitores!

Abraços
                           Edgar Izarelli

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Comentarista do Caos!



Cópula dos Bandidos


Começa logo mais a partida
Entre Políticos e Marginais.
Já escolheu pra quem você vai torcer?

O campo da ARENA DESCASO já está preparado faz tempo
E acaba de ser regado com obras inacabadas, declarações absurdas
E manifestações de todo tipo..
.
Ainda há pouco, uma torcedora fanática invadiu o campo e fez topless
Na grande área dos marginais e arrastou uma multidão interessada. 
A torcida do time reagiu agressivamente, houve quebra-quebra
E as torcidas foram retiradas de campo pela tropa midiática.

Mas agora a situação parece sobre controle, está linda a festa!
O trânsito parado, povo se entalando nas catracas pra poder se enlatar nos metrôs!
As vuvuzelas já estão soando e logo mais chegarão as sirenes de polícia,
E a bateria tropa de choque fará vibrar a torcida da nossa seleção política,
Calando à força quem ousar lançar grito de protesto!
Vai ser emocionante!  

E a população vai se amontoando nas ruas pra continuar sendo roubada pelos políticos...
Ao menos, dessa vez a partida promete ser equilibrada,
Com turistas convidados sofrendo assaltos e latrocínios...
Meu palpite é que será um jogo de escândalos abertos,
Falcatruas desveladas e estratagemas bem definidos,
A expectativa é que tenhamos um jogo sem escrúpulos, com muitos crimes cometidos!
O Time dos Políticos prometeu: vai aumentar abusivamente os impostos!
Já nos Marginais, podemos esperar muitas barbáries, eles vêm com tudo!    
Arrastões, seqüestros, tiroteios, assassinato, estupros!
Mas a partida deve terminar empatada, levando a decisão pra prorrogação de Outubro!

E a torcida DO Brasil não vai ver nada disso!
Estarão todos na frente da TV acompanhando lance a lance a copa do mundo...
Já a torcida PELO Brasil vai ter de se contentar em deglutir a cópula dos bandidos
E deixar expressa sua mais digna indignação de não ter nem educação,
Vendo o país mal falado no exterior, como se realmente fosse esse o interesse da nação!

                        Edgar Izarelli de Oliveira

PS: Quero a resposta do Takumi Matos!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

CHEGOU!!!


           BOA NOITE, GALERA!

EdLua recebendo o livro Porta Encostada - Entre a Resiliêcia e Obsess 
Hoje temos uma boa nova pra partilhar convosco!

A chegada do nosso primeiro FILHO, ops... LIVRO CONJUNTO!

Pois é, depois 18 meses criando as poesias, 2 meses organizando-as em ordem, três meses de trabalho de edição, 9 revisões, criação de capa e das ilustrações, ambas feitas sob a arte da minha amada Lua Rodrigues e três semanas de espera por conta do processo de impressão (Ufa! Quem disse que é fácil fazer um livro!?), recebemos hoje, 4/6/2014, precisamente, às 13:05, a visita da SEGONHA, ops... da TRANSPORTADORA, que veio trazer aos nossos amáveis e ansiosos braços o nosso primogênito trabalho “Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão”!!!
Foi uma da cenas mais marcantes da minha vida, abrir a porta da sala com o primeiro fruto do nosso trabalho e vê-lo ser recebido com um forte abraço e um sorriso de orelha a orelha da orgulhosa MAMAE LUA! Ops... Ilustradora muito satisfeita por seu brilhante trabalho! FOI LINDO!!! O tipo de imagem que se guarda apenas na memória! Me remeteu imediatamente ao momento em que, na idade dela, recebi meu pelo primeiro livro! Faz 5 anos...
Pra mim, são várias as emoções, mas as maiores, além de ter visto o sorriso de felicidade da Lua (como se incentivar o talento da pessoa amada já não fosse o bastante), são saber que este livro já carrega, sob sua capa, muito mais conteúdo e esperar que ele pode induzir o leitor muitos momentos de reflexão sobre o tema mais clássico da literatura, o amor! Além disto, o livro me dá a certeza absoluta do meu potencial artístico, pois foi prefaciado por um dos grandes mestres da poesia e das artes  plásticas embuense, Renato Gonda, a quem devo, inclusive, o agradecimento não só por conta do prefácio, como também da gentileza de me apontar caminhos pra alcançar uma poesia cada vez mais bela. O trabalho de poesia sonora do Renato muitas vezes é minha inspiração. Obrigado, Renato, por tudo!
Renato Gonda, Edgar Izarellli e Lua Rodrigues na expOROBORO 


Agradeço também ao pessoal da ALL PRINT Editora, por mais esse trabalho, em especial ao editor Flávio Carlos, que conseguiu desempenhar muito bem o seu papel, respeitando todas as indicações que dei.  
Agora é correr atrás da festa de “BATISMO” ops... LANÇAMENTO! Continuem conosco pra saber sobre os Lançamentos! Muitos lançamentos contarão com as obras de arte da Lua, então aconselho a esperar!

Ed e Lua celebram a chegada do primeiro trabalho conjunto. 

 CERTEZA, ESTAREMOS NA BIENAL DO LIVRO de São Paulo, no dia 30/8 das 19:00 às 21:00 horas, no stand da ALL PRINT Editora. Ingressos já disponiveis no site da Bienal (clique e garanta o seu!)  


   Abaixo, em primeira mão pra quem acompanha o EdLua.Artes, o rilising do livro.

“As poesias do livro “Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão”, contém as circunstâncias, as razões, as chaves, as aberturas, as reflexões e as consequências de um romance. Intrigantes são os ciclos dos romances... Começam com uma tentativa de preencher um vazio existencial. A necessidade de companhia sempre foi algo inerente à humanidade e, mesmo que, de uns tempos pra cá, à psicologia insista em afirmar que não dependemos de outrem, com exceção de nós mesmos, pra atingir a completude que é sempre tão desejada por todos nós; o instinto de procurar alguém pra nos partilhar ainda é forte. Entretanto, o mesmo instinto também considera a nossa sobrevivência e auto-preservação, gerando traumas. Antagonismos que Lua Rodrigues observa, captura, exprime e destaca em suas ilustrações.”

Neste livro estão a maioria das poesias que já fiz em saraus, incluindo "A Caixinha Mágica"!!!    

Abraços
                          Edgar Izarelli

PS:Estaremos amanhã, ás 20:00 horas no Sarau da Kambinda, celebrado 
Teatro Popular Solano Trindade, Avenida São Paulo, 176 - Jardim Silvia - Embu das Artes. 
E claro, estão todos convidados!   
     


quarta-feira, 14 de maio de 2014

FeedBack Sarau Suburbano Convicto 13/5 + Poesia.






Bom dia, galera!

Ontem, dia 13/5, estive, com nosso amigo Takumi Matos e sua filha, Lyllith Tinay, (Lua não quis ir L) no Sarau Suburbano Convicto (clique para conhecer o Blog do Sarau) , presidido por Alessandro Buzo (aquele que fazia uma coluna sobre literatura no SPTV) e MC Tubarão Dulixo. Evento semanal da Livraria Suburbano Convicto (clique para conhecer o Blog da Livraria).
Localizada no bairro do Bexiga, Rua 13 de Maio, nº 70 , em São Paulo, a Livraria Suburbano Convicto é um centro de resistência da literatura marginal.
O sarau é sempre bem freqüentado e sempre me traz novas perspectivas pela linguagem mais próxima ou totalmente voltada para o REP, a maioria dos poetas de lá faz poesias bem rítmicas e tem um estilo característico de declamação que é bem similar a um Repper ou um MC, não encontro forma melhor de descrever.
A grande maioria das apresentações trata de problemáticas de cunho social, como a vida nas periferias, a desigualdade racial, a desigualdade sexual. Enfim é sarau marcado pela crítica social. Na edição dessa terça-feira, os assuntos mais pautados, por conta da data (13/5 é o dia em que a princesa Isabel assinou a leia áurea, abolindo a escravidão), foi a reflexão sobre as forma de escravidão moderna e orgulho da raça negra.
Eu quebrei um pouco o tema e apresentei a mesma performance realizada no sarau Juntos na Casa, ou seja: “Há Tempos”– Renato Russo, “Hoje em Dia”- Edgar Izarelli e “Sobre as Palmas que Vocês NÃO Vão Me Dar”- Edgar Izarelli. Este último texto recebeu muitos elogios e foi pedido que o compartilhasse.
 Está abaixo. Antes da poesia, porém, quero deixar registrado aqui um forte abraço aos amigos: Buzo e Tubarão (que sempre me recebem de braços abertos no sarau Suburbano), Victor Rodrigues (poeta maloqueista autor de Pragas de Poeta, um ótimo livro que nos faz refletir bastante) e Patrícia Candido (organizadora do sarau Portas Abertas). E convidar nossos leitores ao saraus “Suburbano Convicto” e “Portas Abertas” que estão na programação da Virada Cultural. O Suburbano Convicto será sábado, na própria livraria, das 19:00 às 23:00 horas. O Portas Abertas está no palco Ladeira da Memória as 8:00 horas do domingo.
Provavelmente a Lua, o Takumi e eu estaremos daremos uma passada nestes locais.  

Poesia:

 Sobre as Palmas que Vocês NÃO Vão Me Dar...

Não, eu não as quero!
Palmas engorduram a vaidade,
E contaminam de egolatrismo a potência curadora da arte!

Não, não vivo de doces,
Não consumo palmas.
São viciosas, viciantes e viciadas...
Palmas assim são o veneno dos artistas! 
E meu estilo naturalista de vida exige que me alimente,
Quase que exclusivamente,
De madrugadas frias, solidão e silêncios.

Meus amigos, por graça, às vezes me chamam palcólotra...
Confesso que sofro de bulimia e gosto de me causar refluxos gástricos em público...
Principalmente quando as horas de reflexão começam a pesar e queimar nas entranhas... 
E despejar idéias soltas num papel qualquer já não surte mais efeito nenhum!

É preciso expor algumas vísceras, fazer sangrias, diluir-se em fluidos.
Jejuar um pouco e excretar gritos, de vez em quando, é dar a mim um suspiro de alívio, Um momento de companhia...
Quebrar a rigorosa dieta com lágrimas e risos faz é bem!
A variação é o único remédio que impede o enjôo...
Mas, não! Não quero palmas!
Não vou me envenenar!
Quero é um banquete de silêncios!

Quero o silêncio bem cozido de quem entendeu e caiu numa reflexão profunda.
Quero o silêncio mal-passado de quem não entendeu nada e não sabe o que fazer.
O silêncio borbulhante dos burburinhos de quem está tentando entender.
O silêncio cru de quem nem prestou atenção e tem vergonha de dizer.
Quero o silêncio ensopado que precede o olhar apaixonado do casal lá na última fileira.
Quero silêncio frito que anuncia o choque de quem nunca havia parado pra pensar nisto.
O silêncio requentado de quem se fascinou por que sempre pensou o mesmo
E nunca conseguiu se expressar assim.
O silêncio frio de quem não gostou, mas não quer admitir.
Quero o silêncio de quem experimentou a inspiração e está pensando.
Quero o silêncio em banho-maria de quem precisa ferver a idéia.
Quero a salada de silêncios dos que se mantiveram indiferentes a tudo isso.
Quero um minuto de silêncio dedicado à tristeza daqueles que acham que arte é fama.

Depois, aceito de muito bom grado quem tiver um comentário a oferecer,
Ou mesmo um aplauso feito com a sinceridade caseira de um coração satisfeito...
Mas, por favor, não me dêem palmas industrializadas!
Antes a amargura da vaia, a sabedoria popular,
O chá que cura o fígado inflamado,
Ao paliativo que se dá de consolo a quem vai morrer de cirrose!

 Edgar Izarelli de Oliveira

terça-feira, 13 de maio de 2014

Ah! Como a Lua me Inspira...


Bom dia (ou, melhor, boa madrugada), gente! 
A poesia abaixo foi inspirada nos óculos novos da Lua! POIS É, estávamos conversando sobre eles e,  literalmente do nada, ela começou a falar pra que ela precisava de novos óculos, disto saiu a poesia dela "Precisa-se de novos óculos para:" (clique para ler a poesia), postada por ela ontem. Imediatamente, me aprofundei na ideia que ela levantou e, ali, descobri a inspiração que ressuscitou um velho projeto meu, os "Classificados" (clique para ver outros textos deste estilo). Classificados é uma linha poética que desenvolvo desde outubro de 2012. Essa linha utiliza uma linguagem de classificados de jornais para falar sobre a emoção mercantilizada da contemporaneidade. E se a Lua começou a inspiração, ela também acabou a poesia. No post de divulgação no face dela, ela escreveu  "(of)tramlogista", o que eu enxerguei de outra maneira... Of, em inglês, é uma preposição que realiza quase a mesma função do no nosso "De", mas "OFF" significa, entre outras acepções, desligado...
Sendo assim, a Lua foi a gênesis  e o apocalipse dessa poesia que recheei de mim!                   


"Procura-se um bom oftalmologista pro meu coração...
Sim, quero uma lente de contato com a minha realidade onírica.
Estou perdendo meus sonhos de vista!  

Os olhos precisos da minha alma se cegaram com as indicações alheias
E estou perdendo preciosas companhias por não conseguir mais ler entrelinhas.

Imagens do consciente são nitidamente uma implicação,
Porque não há pontos ainda cegos na retina do que é instintivo!
Mesmo assim, meu nervo ótico não me conecta diretamente com o que vejo,
Dá voltas doentias e torna tonto o meu esforço pra me localizar no mundo que habito.

A miopia dos meus bons sentimentos já me fez reconhecer
O rosto da reciprocidade em muitas máscaras sorridentemente sarcásticas.

A hipermetropia da minha confiança já me impediu de enxergar
Inesperadas atitudes em suas verdadeiras intenções.
É claro que, depois de tantas desilusões, já desenvolvi até fotofobia!

Meu estrabismo de nascença não me permite o foco na banalidade,
Mas, em compensação me dá a possibilidade de enxergar a arte com naturalidade
E, por mais estranho que pareça, é com estes olhos tortos que eu vejo a humanidade.

Mas o que mais desejo é poder ver de novo o arco-íris das minhas emoções
Por que minha razão daltônica só me permite imaginações destorcidas
E miragens em múltiplos tons de cinza...

Bom, pensando bem...
Com esse diagnóstico deveria procurar um...
Off-traumologista!"


Edgar Izarelli de Oliveira