quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Bienal - Parte 1




Boa noite, galera.

Como sabem, estivemos na 23ª Bienal Internacional do Livro, realizada no pavilhão de exposições do Anhembi de 22 a 31 de agosto. A Lua e eu estivemos por lá nos dias 22, 23 e 24 e o resultado, conforme dito no post anterior (publicado no dia 24), está sendo muito bom. Eu esperava um bom retorno, por isso, tracei uma boa estratégia. Já tinha uma experiência na bienal de 2012, com meu livro “Infinitivos – Onde Tudo é Possível”, mas foi uma participação restrita a apenas uma tarde. Dessa vez, utilizei o conhecimento adquirido na última oportunidade para maximizar nossas ações. Claro que a Lua é minha maior motivação, sem ela não teria feito o livro. No entanto, a parte interessante de uma ida mais organizada a esse evento não é propriamente a motivação, mas as percepções que ocorrem no decorrer do tempo. Estou aproveitando para estudar várias coisas referentes à diversidade artística que nós praticamos.
 
Aí vocês me perguntam: o que tanto se pode estudar num evento que é voltado para livros?  

Na bienal, há diversos tipos de público, o que permite um mapeamento de que público estamos atingindo. Estou bem surpreso com este resultado, esperava um público mais jovem e mais “unissex”. Entretanto, não é de todo espantoso que, em se tratando de uma leitura tão psicológica do fenômeno amoroso quanto a que é ofertada por “Porta Encostada – Entre a Resiliência e a Obsessão”, seja preciso certa maturidade e certas reflexões que muitas vezes só são feitas a partir da vida adulta; mesmo assim, acreditava que, por se tratar de uma leitura masculina, atrairia mais homens do que tem atraído.  Neste sentido, “Infinitivos” é mais abrangente.

Um outro estudo que venho fazendo é quanto à abordagem às pessoas, é quase uma ciência exata! Muitos autores não tomam essa estratégia de abordagem ao público. É realmente bem difícil. Ficar na mesa não dá lucro financeiro, mas garante a atenção de quem se aproxima pra conhecer a obra. A estratégia de abordagem requer ousadia e precisão. A informação tem de ser passada de maneira precisa e rápida para que desperte o interesse, todavia, não pode ser algo muito superficial ou demasiado vago, pois, se o for, dificilmente o possível leitor se assegurar de que está falando com o profissional que criou aquela obra. Achar esse equilíbrio de discurso e saber variá-lo de acordo com o que a pessoa apresenta é uma árdua tarefa.

Para tornar a tarefa ainda mais interessante, o público varia muito de acordo com a hora e com o dia. Por exemplo: Na sexta, dia 22, eu esperava uma casa mais cheia, visto que era o dia de abertura; porém, só estavam presentes alguns representantes das editoras, alguns autores e, conforme a noite caia, alguns professores chegaram. Foi um dia pra conversar com pessoas da área. Conhecemos uma autora de livros infantis, Hilda Milk, que nos ofereceu um espaço em seu grupo no facebook “Escritores Sem Fronteiras”. Fica a dica para quem gosta de ler e para quem gosta de escrever. Ela também mantém um blog coletivo de mesmo nome. Deixarei o link na nossa lista Blogs Interessantes para quem quiser conhecer.  

No sábado, 23, o público lotou o espaço da bienal. Dava pra notar que eram pessoas culturalmente formadas e portadoras de um senso crítico apurado. Realmente se interessavam em ouvir o que dizíamos sobre o livro e sobre nosso trabalho artístico.

Já no domingo, 24, me pareceu um público mais estudantil e, em sua maior parte, culturalmente mais desfavorecido. Certas situações que, por hora, prefiro não citar, me incomodaram a ponto de me inspirarem algumas crônicas ou futuros contos. Aguardem, virão coisas boas por aí!

Por causa do sucesso, a Lua e eu decidimos aumentar mais um dia na nossa programação. Estaremos na Bienal nos dias 28, 29, 30 e 31, sempre a partir das 15 horas (se o transito permitir). Quem quiser nos encontrar, procure no estande da All Print Editora, Rua H nº370.

Forte abraço!



Edgar Izarelli

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Só pra dar água na boca...

Boa tarde, galera!

A poesia abaixo, escrita por volta de setembro de 2011, faz parte do livro "Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão". Está incluída no segundo ciclo livro, "Fechadura", que fala um pouco sobre a companhia e a solidão que pode existir durante a parte naturalmente considerada "boa" num romance, a fase em que está se vivendo intensamente cada segundo. A poesia mostra um pouco das minhas ideias inacabadas na parte prosaica da minha criação e expressa bem como são, até hoje, a maioria dos dias nos quais me dedico inteira, intensa e exclusivamente ao ofício de escrever. No mais, deixo a porta escancarada à vossa interpretação.
Uma curiosidade, apesar do final parecer escrito para minha esposa Lua Rodrigues, ainda nem a conhecia naquela época, pelo menos não conscientemente! Relendo muitas minhas de épocas anteriores é possível reconhecer que falo diretamente sobre ela ou mesmo para ela. Acredito que tenha sido uma premonição, mas, na época, eu cria que falava com a lua do céu.   
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Vida de Escritor (os contos que não acabei)

A porta aberta do meu quarto já não esconde minha reclusão.
Diante do computador, com músicas no ouvido, tento me abrir para o mundo;
Digito-me em endereços e senhas, torno-me sequências em código binário; 
E, aí, estou apto a começar minha vida cotidiana de coeficiente com um grande resto.
Converso com pessoas queridas, divulgo-me em blogs e redes sociais,
Conheço novas perspectivas, crio e recrio minhas fundações e meus luxos;
Acho noticias, se quiser, do mundo lá de fora e quase nunca eu quero isso pra mim.
De vez em quando, caço novas velhas poesias ou qualquer outra arte pra me inspirar;
Mas, fim das contas, percebo que sempre acabo preso na minha teia de aranha interna
E fecho janelas, interrompendo grandes transas e deliciosas tramas psicológicas.

Fujo deste silêncio todo caminhando pela casa até encontrar, na sala,
Uma rota de escape não tão apropriada, mas serve de companhia.
Infelizmente, não me abraça e nem abrange por muito tempo...
Sempre volto ao quarto, que de quarto só tem mesmo é uma cama mal usada...
Volto mesmo é pro meu escritório ou sala de debates e reuniões;
Quem sabe, indústria de criação e manipulação de vidas minhas...
E, no caminho, bate a frustração incômoda de ver, ainda do corredor,
As pilhas de folhas escritas pela metade sobre a escrivaninha...

Leio e releio as histórias que me cobram final ou, pelo menos,
Uma continuação flácida e incoerente que se deite num bel suspense...
Me lembro do enredo, da trama, da narração e da mensagem;
Me lembro das paranoias que saltam das milhares de personagens;
Mas, de repente, lembro que esqueci as figuras e suas linguagens!
E permaneço aqui sentado relendo fios frouxos de tecido suspenso,
Versos revirados e soltos, fins que não sei como bordar por mais que eu pense.
E minhas idéias não param de trazer novas pessoas e situações que não dispenso,
Ainda que em devaneio inconsciente e inconsequente, e tudo já está tão tenso!

Meus ombros, braços e mãos já estão pedindo uma boa massagem,
Mas ainda falta muito tempo pra noite ser e trazer a massagista...
Ainda falta muito tempo pra noite tecer uma rede de saídas!
São onze da manhã e tantos projetos me imploram atenção:

O tempo encurtou de repente, mas a estrela ainda não encontrou sua luz,
O psicólogo ainda não contou como fez as pazes com as emoções,
A operadora de telemarketing ainda não improvisou a própria vida,
A menina ainda não sabe que ela salvou a vida do artista completo,
O discípulo ainda não entendeu o jardim de seu mestre,
A amante ainda nem começou a narrar sua história misteriosa e provocante,
Exatamente como tantas outras pessoas ainda não escreveram nem uma letra:
A atriz, o mendigo, o deprimido, o assassino medieval, o cara comum na rua...
Nenhum destes escreveu, mas suas histórias se debatem querendo sair de mim.   
E teatro me cobra memória, interpretação e encenação, prática e teórica.
O poeta ainda não reencontrou sua musa primordial. Onde será que ela está?
E a poesia... Ah! Essa me pede mais amor aos seus novos estilos de expressão!
E eu me perco de mim mesmo e de todos esses mundos inexplorados...
E volto sempre, e sempre de bom-grado, aos braços macios da Lírica.

Lua, dai-me uma boa ideia perdida que me impeça de atear fogo em tudo isso!
Mande-me uma musa de um tempo passado, presente, ou plausível qualquer  
Que me mostre a maneira mais minha de terminar esses contos estranhos
E retire de mim essas poesias presas, inacabadas, e desafiadas a achar a chave.
Ilumina, Lua, essa minha vida de escritor que perpassa pelos cantos da madrugada,
Antes que a noite se encerre e leve consigo a minha inspiração leviana e simples!
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Grande abraço, 

Edgar Izarelli.





domingo, 24 de agosto de 2014

E-mail + Bienal.

Bom dia, galera!

Vou falar da bienal, mas, antes, gostaria de retificar nosso e-mail, houve um equivoco de digitação nis últimos posts . Para nos mandar depoimentos, fazer encomenda dos nossos trabalhos, ou entrar em contato conosco sobre performances, palestras ou oficinas; o e-mail é: edelua.artes@gmail.com



Sobre a  Bienal. Está sendo um grande êxito para nós. Conseguimos cumprir metas importantes e fazer bons contatos até aqui. Estou particularmente impressionado com a a aceitação que nosso livro vem tendo. Claro que o reconhecimento é fruto do trabalho, como ainda não somos conhecidos temos de nos empenhar muito e encontrar muitas portas fechadas para vender; mas a aceitação da temática amorosa. por um viés mais psicológico da proposta do livro de ser uma história contada através de poesias que tem um sentido completo têm em si, vem realmente me surpreendendo.

Em breve falaremos um pouco mais abertamente sobre a bienal e seus resultados parciais. Estaremos lá daqui a pouco de novo!

Abraços

Edgar Izarelli

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Sarau da Serra

Galera, acabo de chegar do Sarau da Serra.

Acho incrível como os poetas de Itapecerica conseguem manter laços com a prefeitura sem perder a liberdade de expressão. Força do Coletivo, infelizmente falta isso no Embu e em tantas outras localidades.

 Esse sarau tem uma média de publico muito variável. Hoje foi um ótimo dia, casa cheia. Mas, creio que o melhor desse sarau foi rever velhos amigos.

 Troquei muitas figurinhas literárias com Ari Mascarenhas. Falamos sobre dificuldades em se escrever romances, sobre nossas novas criações poéticas e ele elogiou muito a minha performance de hoje. Tenho me dedicado a escrever recriações das letras do Renato Russo. Já tinha a "Hoje em dia" retirada de "Há Tempos" e, hoje, conclui um trabalho dificílimo tendo como base a canção "Índios". à minha recreação dei o nome de "Humanos". Acho um trabalho muito divertido de fazer e apresentar.
Reencontrei também Karina, Lobby, Kaique e a Karen, que me apresentou o Sérgio Gazal. Ari, Karen, Karina e Sérgio, espero que apreciem o livro e aguardo ansiosamente os comentários de vocês.

arau teve poesia, música. Nego Blues mandando bem no Blues! Os poetas das mais variadas vertentes declamando suas poesias, todas maravilhosas! Chico Urcine contou uma de suas crônicas sobre a justiça, que foi genial! Infelizmente, guardei mais a impressão do que propriamente a história, por isso não posso reportá-la aqui, mas falava sobre como a justiça pode ser enganada pelo poder de um bom discurso que se apropria das brechas na lei para conseguir que o errado pareça certo. Minha mãe, Denise Oliveira, dançou dança cigana. Teve ainda viola caipira e banda de reggae. Saraus diversificados atraem pessoas diversificadas com propostas diversificadas. Recebi convite para sarau no Centro Cultural Vergueiro. Mavot, obrigado pelo convite. Estou muito afim de ir!    

Infelizmente, não levei a máquina, mas acabei de receber a foto tirada por Geovana Piassa que mostra a mim falando sobre o livro. Agradeço a foto, Geovana!





Detalhe: Estava trajando uma roupa que eu mesmo criei!


Ah, galera, quem puder e quiser mandar depoimento pra gente colocar no blog, é só mandar um e-mail para edelua.artes@gmail.com como o assunto "Depoimento"! Ajudem-nos a construir nosso blog! 

Abraços

Ed

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sobre troca de conhecimento..

Eu, um dia me interessei por arte. Mas não a toa, estava em mim, uma vontade crescente de saber mais; fazer mais! Mas como eu poderia fazê-lo? Por onde eu deveria começar? Onde procurar? E, principalmente, o que procurar?
Com o acesso a internet as coisas se expandem sim, ajuda muito ter o mundo todo, mas é preciso uma palavra chave pra eu saber o que realmente me agrada e qual caminho devo seguir.
Esse mundo infinito da arte começou a ser descoberto através de uma amiga, que reencontrei depois de anos, nos conhecemos de pequenininhas, brincamos juntas e como quase tudo na vida, o tempo levou e transformou.
Crescemos em mundos totalmente diferentes. Eu, aqui no Jd. Sta Emília, região periférica de Embu das Artes. Ela, na Casa de Cultura Sta. Tereza (que é a casa dela inclusive, ou era haha), fica no Jd. Sta. Tereza, também uma região periférica de Embu das Artes.
Eu tava afins de cursar jornalismo quando acabasse o terceiro ano do ensino médio, que aconteceria naquele mesmo ano (2012), pra passar na tão temida FUVEST estava estudando como se não houvesse amanhã, não sei pra quê (hahahaha). Enfim, reencontrei a Andy pelo face e ela começou a encher minha cabeça com ideias revolucionárias persuasivas e inclusive meio terroristas.
Resultado: terminei com meu namoradinho, virei esquerdista ativista feminista e blablabla! Ela me chamou pra organizar um sarau com base nesses ideais.
Maaaaas, eu não sabia o que era um sarau. Não me lembro se perguntei ou não; mas que fique aqui como confissão, eu organizei um sarau sem saber o que é um sarau.
Quando ela me contou achei meio entediante, mas queria muito entender o que acontecia! Pois bem, organizamos, foram cerca de 30 pessoas naquele dia. Me encantei com o que vi.
Foi tão mágico, meus olhos brilhavam ao ouvir poesias, poesias que eu nunca aprendi e nunca poderia aprender nesses anos de escola. Eu pensei comigo mesma: Por quê, cargas d'água, eu perdi tanto tempo com aquilo que chamam de essencial para o aprendizado?
Não sei, acho que é porque eu fui obrigada.
Não estou sendo radical não, viu? Devo à escola o meu trauma da matemática, porque no ensino fundamental os professores tem métodos bizarros e eu sou só uma menina com déficit de atenção (e achavam que era frescura), devo à escola também o meu problema de ansiedade, quando precisava entregar aqueles trabalhos dos quais eu não entendia 90% do conteúdo, pra depois fazer uma redação e uma prova, sem a mínima atenção do professor. É um descaso com a criatividade, um descaso com meu cérebro, se eu uso apenas 10% da capacidade dele atribuo a culpa a essas restrições.
Poxa! Nascemos gênios! Conseguimos absorver uma quantidade impressionante de informação e tudo que conseguem colocar na nossa cabeça é: NÃO PODE, NÃO DEVE, MENINAS DESENHAM FLORES, MENINOS CARRINHOS.
Chega uma hora que paramos de tentar. Paramos de querer. Paramos de permitir certos gostos, certas particularidades.
Eu nunca aprendi tanto quanto eu aprendi conhecendo pessoas e indo a saraus.
O que eu precisava estava ali, diante dos meus olhos. Poesia! Poesia sobre números, sobre cores, sobre história (a história do meu povo, sob perspectiva do mesmo), geografia, biologia, conhecimento das palavras, poder de discurso, de crítica! Poder de expressão!
Estava tudo ali. Mas não acabava ali.
Eu poderia fazer isso, eu poderia ser atriz, poderia escrever poesias ou romances inteiros se eu quisesse. Poderia observar aqueles artistas geniais pra sempre, aprender um pouco de técnica com cada um deles e assim me formar na faculdade da vida.
Fica aqui um agradecimento carinhoso por essa oportunidade, por me apresentarem a arte de fato: Andy e Casa de Cultura.
Conheci o Ed, que foi, sem sombra de dúvidas, o meu principal incentivador. Fez das minhas ideias que pareciam distantes, reais e palpáveis, estar com ele foi e ainda está sendo um aprendizado enriquecedor.
Com o tempo algumas coisas foram me entristecendo. O ego atrapalha muitos artistas. Quase ninguém aceita passar o que sabe a diante.
Mas eu não os culpo, culpo a falta de tempo, a falta de dinheiro, a falta de compaixão, a falta de valorização do trabalho artístico. Tem muitos culpados aí.
Mas temos que começar do começo, começar por alguém e por algum lugar.
Eu admiro de todo meu coração os artistas que se oferecem pra dar aulas por pouco ou nenhum dinheiro, se não tiver alguém pra fazer isso nada acontece.
Comecei a procurar formações, cursos livres, oficinas.. Tudo com um custo, claro que valorizo muito o trabalho feito ali, mas esse custo não era pra mim.
O custo não era pra mim e não é pra muita gente. Acontece que a arte foi privatizada, o conhecimento foi privatizado. Só quem tem uma boa condição financeira ou nenhuma conta pra pagar pode ter acesso a esse conhecimento.
Mas... E se cada um passar um pouco do que sabe? Uma gentileza.
Se um amigo quer aprender a plantar bananeira, por exemplo e eu sei como ensinar ele e fazê-lo chegar ao resultado desejado, porque não?
Porque não dedicar um pouco do meu tempo para aprender enquanto ensino?
A maior beneficiada disso talvez seja eu. Pois é, aprendemos duas vezes mais enquanto ensinamos.
E a vida exige uma partilha, exige que trocas existam, não precisa ser necessariamente uma troca financeira. Não estou dizendo que não preciso de dinheiro, porque eu preciso! kkk
Estou dizendo que se cada um ensinar um pouquinho, a gente vai derrubando aos poucos essa falta de acesso, falta de atividades que desenvolvam a criatividade e é possível! É possível a revolução começar pela independência dos artistas e do povo como um todo. Todos nós queremos aprender alguma coisa.
Eu, nesse caminho, aprendi a vivenciar a arte, a escrever o que eu sinto, a pintar o rosto de palhaça e fingir ser normal, porque palhaçada mesmo é aceitar todas essas imposições.
Aprendi a me expressar por meio da pintura, me aperfeiçoando sempre.
Aprendi um pouco de teatro, um pouco de literatura, um pouco de circo, um pouco de música, um pouco de dança...
Vivo aperfeiçoando esses todos, a cada dia que vejo o trabalho magnífico desse povo tão lindo da minha terra.
Agora, estou me preparando pra aprender com as crianças.
Um experiência inovadora e incrível, que precisa ser passada a diante.
Juntei tudo que aprendi e decidi SIM passar adiante. Essa será a missão agora e espero ter forças para levá-la a diante.
Somos todos professores, somos todos alunos, sempre!
Pretendo abrir turmas lá na casa de cultura em breve, segue o flyer de divulgação.
Se trata de um novo projeto bem simples que eu decidi elevar ao nível máximo. Basicamente vou cuidar dos pequeninos enquanto desenvolvo neles essa sensibilidade artística, à minha maneira e conforme eu sentir até onde e com o que eles me permitem trabalhar.
É, vou ser babá e facilitadora.
Estou super empolgada com esse novo projeto e pretendo torná-lo melhor e renovado com o passar do tempo. Nem eu sei que rumo ele pode tomar, mas estou bem disposta a tentar.

Beijinhos de luz!


Por: Lua Rodrigues






Novidades

Fala, minha gente!!!

A Lua e eu temos uma série de novidades!
Vou começar pelas novas páginas do blog! Sim! Estamos ampliando nosso blog! Já desenvolvemos duas páginas novas que já estão disponíveis na guia de Páginas!

 "No Mundo da Lua " é literalmente o mundo dela, o mundo que ela habita e que habita dentro dela, ao  qual ela se transporta quando pinta e expressa, para nós, através de suas obras. A exposição COMPLETA que pôde ser apreciada no lançamento do livro "Porta Encostada - Entre a Resiliência e a Obsessão", à partir de hoje, pode ser apreciada aqui!

E por falar em livros, temos, à partir de hoje, nossa "Estante de Livros", onde vocês podem ler os rilisings e algumas considerações extras que fiz a cerca dos meus livros publicados. E, se houver interesse, lá tem caminhos para aquisição de exemplares. Lá postaremos nossos futuros trabalhos.

Além dessas duas novas páginas, temos a ideia de tornar nosso blog mais interativo. Muito em breve, abriremos um espaço de depoimentos sobre nosso trabalho artístico (Estilo Finado Orkut). Para tal intento, entretanto, é de suma importância a colaboração dos nossos leitores. Quem quiser contribuir, é só mandar um e-mail para edelua.artes@gmail.com com assunto "Depoimento",  falando de qualquer coisa que já viu no blog, de um quadro da Lua, uma poesia minha, uma performance, ou qualquer trabalho que já tenham visto a gente fazer. Quando chegarem os primeiros e-mails, a gente começa a fazer esse espaço...            

Falando em futuros trabalhos, a Lua e eu estamos em processo criativo intenso, por isso, andamos meio afastados do EdLua.Artes. Hora do relatório das atividades:

Já estamos montando o próximo livro que terá o nome de "Luz de Prata". Nada melhor, pois se trata da história do nosso amor contada em poesias e desenhos. Ficará lindo, certeza!

Além disto, estou trabalhando num romance erótico futurístico que aborda fortemente questões sociais e psicológicas. Posso dizer que se trata da minha previsão do que acontecerá nos próximos anos, se não houver nenhuma mudança brusca na forma de pensar da humanidade. Aguardem! Lua já leu uma parte e aprovou e ela tem bom hábito da leitura!

Tenho, ainda, um outro projeto de livro de poesia que vai seguir uma linha surrealista de pensamento, algo novo pra mim, mas que até agora tem me surpreendido de uma maneira muito positiva. O resultado me parece espetacularmente inovador, se somadas a minha característica linear dos meus livros e a subjetividade "Dalinesca" das ilustrações da Lua!

Fora isso, estamos nos preparando para a Bienal. Estaremos por lá nos dias: 22, 23, 24, 29, 30 e 31. O lugar mais provável pra nos encontrar lá é na rua H Estande 370.

É isso, gente!

Por favor, mandem os depoimentos, vão ajudar muito a gente a melhorar.

Abraços, galera!

Edgar Izarelli

                    
    

domingo, 10 de agosto de 2014

Lançamento do Livro Porta Encostada- Entre a Resiliência e a Obsessão, Exposição e Sarau, choperia Biergarten, 26 de Julho de 2014.

Boa noite!! Fiquei devendo a minha perspectiva (Lua) a respeito do evento do lançamento do livro, que uniu as nossas grandes paixões: O sarau, a poesia e os meu quadros.
Foi incrível a reação positiva com relação a o que eu faço, dei início à minha produção recentemente e ainda não tenho experiência. Estamos aprendendo mais a cada segundo que passa e por isso, o conhecimento e reconhecimento são extremamente bem vindos.
Gosto muito de receber críticas, elas são essenciais para eu entender o nível do meu trabalho e o que eu posso fazer para torná-lo melhor.
O sarau foi maravilhoso, minha gratidão à todos os amigos especiais artistas que se apresentaram, e as minhas sinceras desculpas quanto ao público da choperia que não soube respeitar o silêncio que pedi.
Conseguimos raros minutos de silêncio, foi complicado para poder ouvir a poesia, silêncio no sarau é uma prece! Apesar de ter se unido ali um público tão diversificado , espero que esses instantes tenham feito a diferença, como tudo que a arte toca. Não tenho dúvidas de que fizemos o possível pra poder contribuir com a atenção a todos que se apresentaram.
Gratidão pela partilha de boa energia, pela paciência e pela confiança no nosso trabalho.
A minha apresentação com o Ed foi maravilhosa, apesar de eu ter percebido alguns (vários) erros nas minhas acrobacias. Estamos em estágio inicial de elaboração de um espetáculo, essa performance experimental está em constante mudança e melhoria, portanto; todo lugar que apresentamos ela possui uma novidade. O nome carinhoso pra nossa filhinha é "Espelho".
Se trata de uma performance erótica, com elementos bastante pessoais. Não se trata apenas de erotismo, as personagens variam o tempo todo, talvez sejam as mil faces que carregamos (rs).
Se tornou uma brincadeira interessante pra nós, já que além de uma inovação cênica de incluir a lira e traduzir a poesia do Ed no meu corpo, ela conta com esse erotismo, conexão com meu par. É uma demonstração do que somos, do quanto nos amamos; talvez uma breve tradução.
Traduzir não significa entender, na maioria das vezes.
No nosso caso significa que entramos no nosso universo particular e o exploramos, fazendo com que surjam cada vez mais questionamentos interiores.
A convicção do nosso amor é obvia, mas o que se esconde por trás dele... Nem tanto!
É arte. Simplicidade abstrata.
É uma experiência incrível poder trabalhar com meu amor, a nossa conexão é absurda e a cada dia ela floresce mais linda e viva. Tão viva que alguns dos espectadores puderam perceber!
Estamos planejando outro sarau nosso, pra compensar algumas confusões e também um pretexto pra nos reunirmos em nome da poesia! Hihihi
Vamos informar se rolar mesmo, eu espero que sim.
Mil beijos de luz a todos!


Fotos oficiais  do Evento por Karina Barbosa!
Dois vocalistas da banda Pensamentos Libertinos + A banda Lyllith Cartola's Band.

Autógrafos personalizados!

Renato Gonda lendo seu prefácio para o nosso livro...

Takumi Matos, Cartola e Doolunay...

Poeta e escritor Tin Tin Alves.

Ed e Lua <3

Takumi Matos recitando poesias.

Tin Tin Alves em performance com Karina Barbosa (Didgeridoo+Literatura de cordel)

Autógrafos e dedicatória..

O ator e diretor Gil Filipe!

Doolunay dançando tribal fusion!

Performance "Espelho"

Performance "Espelho"

Emerson Santana recitando poesia!

Emerson Santana.

Viviane Neres e Andrea Neres em performance contemporânea.



                                          Por fim, mas não menos importante, o vídeo completo da performance "Espelho". Espero que gostem!