Roda de conversa pós espetáculo, CEU Jambeiro - Guaianases. Foto: Maria Elisa Frizzarinni |
"INCLUSÃO OU INTEGRAÇÃO: integração privilegia o portador de necessidades especiais dividindo com ele as responsabilidades da inserção, enquanto a inclusão tenta avançar exigindo exigindo da sociedade condições para a inserção. Parabéns Edgar Izarelli de Oliveira pelo belo exemplo de determinação, força e integração. Agradeço em nome da Unesp e UniCeu Água Azul pela parceria e por dividir conosco seu conhecimento.
Espero que mais pessoas possam ter o privilégio que tivemos em assistir seu espetáculo é aprender contigo o verdadeiro significado de integração."
- Daniela Guidoni
"Achei muito legal o espetáculo, pois mostra para as pessoas "ditas normais", que uma deficiência não é fator limitante para a vida. Mostra que precisamos integrar e incluir as pessoas com deficiência, tanto na escola, quanto na sociedade, afinal, tanta luta por inclusão, e nos esquecemos que a integração também é importantíssima e tem que andar de mãos dadas com a inclusão, e vou além, eu incluo a acessibilidade também, formando uma tríade importantíssima para que a pessoa com deficiência se sinta realmente parte da sociedade."
- Jean Carlo Martinelli
Lua em cena, CEU Água Azul - Cidade TIradentes. |
Olá! Primeiramente, gostaria de dizer o quanto somos gratos à Maria Elisa Frizzarinni e Daniela Guidoni pela verdadeira batalha que tiveram para nos dar oportunidade de realizar esses dois trabalhos! Esperamos ter correspondido as expectativas e contribuído, de alguma maneira, com comunidade e com a discussão sobre integração de pessoas que convivem com diversidades funcionais das mais variadas espécies e em seus mais variados graus. Queremos também agradecer imensamente às interpretes de LIBRAS, Tatiana Milanez, Érica e Rosana e a toda a equipe que nos acolheu e se esforçaram em nos atender em tudo que solicitamos!
Em cena, CEU Água Azul - Cidade TIradentes. Foto: Daniela Gidoni |
Em cena, CEU Água Azul. Foto: Daniela Guidoni |
Público, CEU Jambeiro - Guainases. Foto: Maria Elisa Frizzarinni |
Particularmente, me impressionou bastante a maneira como me trataram, não houve elogios exagerados ou congratulações desnecessárias. Estavam todos interessados em debater questões pertinentes. Fiquei fascinado com a forma natural como viram minhas limitações. Senti que, lá no CEU Jambeiro, a arte que partilhamos superou a rala noção de que eu sou um "exemplo de vida". As pessoas que estavam ali, em sua maioria, queriam realmente conversar com os artistas, não quiseram estimular um cadeirante a continuar no seu caminho de superação.
Público, CEU Água Azul - Cidade Tiradentes. oto: Daniela Guidoni |
O contraste de reação do público, observado e analisado posteriormente, me fez enveredar por linhas de raciocínio que ainda não haviam sido devidamente exploradas. A conclusão, por hora, é essa que apresento abaixo:
Roda de conversa pós espetáculo, CEU Jambeiro - Guaianases. Foto: Maria Elisa Frizzarinni |
Esse trabalho e essa linha de pensamento que expressei e partilhei durante a roda de conversa é, em partes, fruto da minha experiência e convivência com a minha limitação física e com pessoas que possuem outras limitações, mas, majoritariamente, tanto enquanto processo artístico quanto em teorias e filosofias, seus caminhos passaram por milhares reflexões e construções coletivas, com todos aqueles que já trabalharam no espetáculo, com todas as trocas com o público durante rodas de conversa similares e, principalmente, com minha parceira de cena e de vida Lua Rodrigues. Sem a presença dela em todos os momentos desse processo, o resultado, certamente, não estaria tão bem estruturado e definido nem enquanto proposta teatral nem enquanto proposta reflexiva. São dois anos de trabalho com este espetáculo. Por isso digo e reafirmo que não me considero um exemplo. Posso, no máximo, ser inspiração e fonte de incentivo para as pessoas que, como eu, convivem com algum tipo de limitação; mas às pessoas consideradas "normais", eu não posso ser referência alguma, por que, só quem convive diariamente com as limitações de outras pessoas, pode dizer e mostrar que isso é humanamente possível aos seus "iguais". Visto por esse ângulo minha mãe Denise Oliveira, minha esposa, Lua Rodrigues e, futuramente, nossos filhos, é que possuem as mais ricas experiências a serem partilhadas, pois estas pessoas é que sabem as dificuldades que enfrentam para estarem perto de mim!
Novamente, agradecemos a todos que trabalharam para que esses momentos tão gostosos pudessem acontecer!
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